A^ feira e o limite, mas alguns deles combinam demaisINGREDIENTES ESSENCIAIS
Macarrão
Dos miúdos em formo
de concha e letrinha
até os padre-nossos,
passando pelo finíssimo
cabelo de anjo ou o
tíodKional capeletti...
Cada receita pede
um formato.
Tubérculos e raizes
Indispensáveis para
a boa textura, são
fontes de carboidrato
e esbanjam minerais
como potássio. Batata,
mandioquinho. inhame,
corá e mondioco sào
integrantes da turma.
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Leguminosas Folhas escuras
Fo»o$ R Tsuton Gctty Imaçes (macarrão).
Afcx
Stoo (batota come e espnofrel). Pttfro Rubc$ (Jenhho c
ervas)
Feijões, lentilha,
ervilha, grôo de bico,
vogem, fava... Tem
para todos os gostos.
São fontes preciosas
de proteína, bem-
- vindos para moderar
ou substituir f acame.
Ervas
Perfeitos para a finalização
dos sopas, salsinha.
cebolinho, manjericão e
coentro enchem o tigela
de aromas. Já alecrim,
louro, tomilho, solvia c
oregano podem ir ao
fogo sem crise.
Coem bem tanto em
preparoçòes cremosas,
batidos no liquidificodor.
quanto picodos em
outros receitas. Couve.
espinafre, taioba, escarola
e almeirão tornam o
prato vitaminodo.
Músculo bovino
A escolha desse corte de
carne menos gorduroso
se dã porque ele fornece
colageno. substância que
do aquela encorpada
ao caldo, e enriquece
a receita com minerais
como ferro.
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Vanderli Marchiori. nutricionista e fundadora da
Associação Paulista de Fitoterapia (Apfit). explica
que. durante o preparo da sopa, alguns filoquímicos
da cebola (e de outras hortaliças) migram para o cal-
do. Na tigela ou no prato fundo, portanto, você não
precisa se preocupar com as perdas. O calor do fogo
faz com que parte da água do interior das células ve-
getais se converta em vapor e libere seus sucos e
compostos benéficos. Se o cozimento for devagar,
em panela tampada, além de manter os nutrientes, o
sabor tende a ficar adocicado e suave. Quando a ce-
bola é frita, por sua vez, suas proteínas e carboidra-
tos interagem numa reação conhecida como de
Maillard. O resultado é a coloração dourada e o gos-
to mais intenso. “Urna sugestão, inclusive para enri-
quecer e enfeitar outras receitas, é refogá-la rapida-
mente em azeite, junto do alho, e despejar por cima,
bem na hora de servir”, dá a dica Vanderli.
Um ensinamento clássico dos chefs de cozinha é
respeitar o tempo de cada ingrediente. Feijões e ou-
tras leguminosas, secos e duros, têm de ser cozidos
primeiro; as verduras, molinhas, são postas j
mo. O corte dos alimentos também faz a diferença:
pedaços grandalhões demoram a cozinhar, enquan-
to os miudinhos ficam macios rapidamente. Há
quem defenda o mínimo de manipulação possível,
mas cuidado com ideias radicais, por favor. A nutri-
cionista Renata Guirau, do Oba 1 lortifruti, em São
Paulo, recomenda picar os vegetais imediatamente
antes de incluir na receita para inibir o processo de
oxidação e minimizar prejuízos nutricionais. Tam-
bém convém adicionar pouca água para cozinhar,
uma vez que as hortaliças já são compostas de líqui-
dos. O chuchu é o melhor exemplo.
“Há preparações que pedem consistência mais fir-
me, cspeciahnente nas receitas com origem na culi-
nária asiática", observa o professor Kusayanagi. Ali-
ás, os japoneses são notáveis consumidores de sopas.
Uma análise publicada no ThcJournal ofNutrition
aponta um elo entre os hábitos alimentares e a longe-
vidade na terra do sol nascente. Entre os destaques
da culinária local, está o missoshiro, um caldo de pei-
xe e algas com pasta de soja. Juliana Watanabe, chef
JS VEJA SAUDE AGOSTO 2020