lam a direção econômica. Resultado:
o consumo de gasolina subiu.
Finalizados os 60.000 km, a média
geral de consumo foi de 17 km/l.
Como de praxe em híbridos e elé-
tricos, o Prius tem frenagem regene-
rativa. Ou seja, nas desacelerações,
a movimentação inercial das rodas
faz com que o motor elétrico deixe
de cumprir a função de tracionar e
passe a atuar como um gerador, con-
vertendo a energia cinética em eletri-
cidade, devidamente armazenada na
bateria. Para priorizar a economia de
combustível, as acelerações de suave
demanda – como o anda e para do
trânsito urbano, por exemplo – são
feitas com prioridade total do motor
elétrico. Isso explica por que os híbri-
dos, ao contrário dos carros conven-
cionais, se mostram mais econômi-
cos na cidade do que na estrada.
GOLPE BAIXO Infelizmente, o Prius
também trouxe algumas revelações
desagradáveis. A mais grave de to-
das: a dianteira, muito baixa, raspa
no asfalto com extrema recorrência,
principalmente em lombadas, valetas
e rampas de garagem. Não poderia ser
pior, certo? Poderia, sim. Criado para
otimizar a economia de combustível,
o alívio de peso e a aerodinâmica são
levados ao extremo no Prius. E isso
inclui a redução da altura em relação
ao solo e o uso de finas e delicadas
placas plásticas, que funcionam como
defletoras de ar junto ao assoalho, na
dianteira. Uma pesquisa na internet
mostra que essa combinação leva a
constantes quebras dessas chapas,
mesmo em países nos quais o asfalto
é de boa qualidade, como os Estados
Unidos, por exemplo. E se é assim por
lá, imagine aqui no Brasil. Foi o que
sentimos na pele. Logo no início do
teste, percebemos que obstáculos ti-
picamente urbanos como lombadas e
valetas exigiriam cuidado redobrado.
Ainda assim, vez ou outra, relatos
de raspadas foram sendo anotados
no diário de bordo. Até que, numa
pancada um pouco mais forte, pe-
daços das placas plásticas ficaram
pelo caminho. O reparo custou caro:
R$ 1.550. Uma segunda quebra (par-
cial), menos de uma semana após
a troca, e a constatação de que até o
Prius da frota de imprensa da Toyota
do Brasil rodava com os defletores re-
LONGA DURAÇÃO | DESMONTE DO PRIUS
CAIXA DE DIREÇÃO
O motor elétrico que executa a assistência da direção vai fixado na
coluna de direção e é do tipo pilotado, ou seja, trabalha integrado
a uma central de gerenciamento eletrônico. Silenciosa do início
ao fim do teste, a caixa de direção também foi aprovada, pois não
apresentava folga no braço axial nem nos terminais, nas extremidades.
FREIO
Se o Prius fosse uma escola,
o sistema de freios seria,
sem dúvida, o seu aluno
mais brilhante. Passou de
ano direto. Nenhuma das oito
pastilhas (são duas por disco,
na dianteira e na traseira)
atingiu sequer a meia-vida. Os
quatro discos, aliás, estavam
ainda mais íntegros. Ou seja,
o conjunto todo poderia chegar
aos 120.000 km. Na média,
o freio de sedãs do porte do
Prius pedem manutenção
entre 50.000 e 70.000 km.
SUSPENSÃO
A altura reduzida em relação ao solo, claro, é
determinada pela suspensão. Mas esta é uma
característica, não um defeito. Robustas, as
suspensões chegaram ao fim da jornada em ótimo
estado, com amortecedores isentos de sinais de
vazamento e elementos de ligação sem folgas.
74 QUATRO RODAS AGOSTO
FOTOS RENATO ZIMMERMAN
OPRIUS
CAIXA DE DIREÇÃO
di ãifid
antfer
(Antfer)
#1