Ricardo Stuckert via Fotos
Públicas Tática
conhecida: no ano pré-eleitoral, Lula, quando era presidente, triplicou as
viagens pelo país
A estratégia até agora não produziu resultados efetivos. Os arroubos do
Sete de Setembro, lançados com o objetivo semelhante de jogar para a
plateia, constituíram um tiro no pé. Daí a necessidade do cavalo de pau,
dois dias depois. Recentes pesquisas atestam que a reprodução do plano
bem-sucedido de 2018 só tem servido para encantar mesmo os
convertidos de sempre. Além de ver Lula, hoje o principal adversário,
manter uma margem folgada sobre ele, Bolsonaro consegue perder para
todos no 2º turno e ainda enxerga uma avenida escancarada para um
possível candidato de terceira via – mais da metade da população declara
ainda estar com o voto totalmente em aberto. Para piorar, segundo o
último Datafolha, a reprovação do presidente segue tendência de alta:
hoje está em 53%, um recorde desde o início do mandato. Significa que a
história – ou a sanha eleitoreira – até se repete, mas a maioria já sentiu o
bafo da tragédia e da farsa.