A: O tempo pode ser medido por métodos diferentes, mas se algo
está dentro do tempo, é ilusório. Se tiveram princípio e fim, são
ilusórios.
E: Mas se calcula de outra maneira, não com um relógio.
A: Bem! Não esqueçamos que todos esses cálculos são dentro do
sonho.
E: Sim, mas depende das dimensões.
A: Sim, mas tudo isso sobre dimensões... para mim é tudo mais
simples. Para mim Tudo é Um. E, bem, nós podemos dividir em
quantas vezes quisermos: dimensões, submundos, ultramundos,
supermundos, mas se tudo é um... Não é mais simples?
E: Eu compreendo, mas como entramos na compreensão dos
mundos e deste mundo, ao considerar que o sonho é uma
realidade, demos a ele uma história, uma explicação, alguns
conhecimentos. E vem Nisargadatta e nos desmonta tudo, embora
a história ainda exista dentro da ilusão, tanto desta ilusão, como
de outras ilusões.
A: Tudo, tudo, dentro da consciência, é conceitual.
E: Bem! O que você pode acrescentar mais ao espaço-tempo?
A: Que sem espaço-tempo não há manifestação. São instrumentos
a serviço da manifestação.
E: Então a consciência tem um tempo.
A: A consciência aparece com o corpo e essa consciência
individual, é claro, tem um tempo. Quando termina a vida de uma
pessoa, a consciência se dissolve e nada acontece.