A: O Nada e o Tudo são complementos relacionados a nível
conceitual. O Absoluto não, porque O Absoluto é anterior ao Tudo
e ao Nada, é anterior a tudo.
E: Por isso é que não se pode concebê-lo?
A: Claro! Porque não tem qualidades, não tem atributos, por isso
não se pode compará-lo a nada.
E: No entanto, nós somos Absoluto.
A: Tudo é Absoluto! Não somente nós, os seres humanos, mas
tudo! Tudo é o mesmo. Tudo é o sujeito único.
E: Pois, finalmente falamos do Absoluto. Com isso já sei o que é. Sei
que ele é antes da consciência. E que quando se fala sobre o Nada,
isso já é algo. Mas, o que seria o Nada, se dizemos que é algo?
A: O Nada é um conceito. O complemento do Tudo. Mas O Absoluto
não tem complemento, não é dualidade. Dentro do conceito, estão
os complementos interrelacionados: Tudo-Nada/Bem-Mal, mas
isso é a nível conceitual.
E: Poderia-se dizer que O Absoluto é o amor?
A: O amor já é algo.
E: Então também não é amor?
A: Não, porque o Amor é a natureza da consciência.
E: Está me falando da consciência, mas agora falamos do
Absoluto.
A: Por isso, O Absoluto não sabe nada sobre amor.