A: O Absoluto, o sujeito único. Tudo participa desse Eu Sou, mas o
único sujeito real é esse. Tudo o mais são objetos.
E: Não compreendo.
A: Esse é o sujeito único. Tudo o mais são expressões,
manifestações ou reflexos (como queira chamar). De quê? Desse
sujeito único, desse Absoluto.
E: Então, do que fala a história desse big-bang...
A: Mas quando você quer começar? De onde começar?
E: Nesse sopro...
A: Ah. Mas isso é dentro do sonho, dentro da consciência, dentro
da dualidade. Não é real.
E: Sim, mas isso é quando aparece o sonho, não?
A: Claro! A consciência é um sonho original, o conceito original. E
da raiz de que aparece a consciência, aparece todo um mundo
conceitual. Tudo o que aparece são conceitos.
E: Ou seja, eu estou no nada, no Absoluto e aí não estou sonhando.
A: Aí não há sonho, porque não há consciência, nem há nada.
E: Então o sonho aparece quando aparece a consciência.
A: Efetivamente. Porque a consciência é o conceito original.
E: Bem! E é aí que aparece o big-bang, o primeiro sonho.
A: O big-bang aparece com a consciência, porque sem consciência
não há nada.