A: Não, não, não... Alma que reencarna, não. O que há é uma
consciência animadora que anima todo. E, como digo, não
necessita reencarnar, uma vez que a consciência não liga para a
destruição das formas, porque aparecem outras novas. Que
interesse ela teria em reencarnar, quando na realidade, é
indiferente para ela se as formas existam ou não?
E: Isso, para mim, abre uma porta dentro da possibilidade de
compreensão. E isso pode ser viável através dessas almas e desses
personagens, dessas consciências (como você disse) que desejam
continuar o jogo e que, através disso, podem permanecer um
pouco dentro do jogo da consciência, através desses mundos,
dentro do tempo.
A: Sim, mas eles seguem no sonho. Continuam presos à
consciência. Eu não digo que a consciência não pode criar uma
situação parecida à que o personagem anseia, ou ao que ele mais
desejava em sua vida, em sua existência. E que a consciência lhe
presenteia com um cenário, com um palco.
E: Exatamente! Foi o que veio para mim.
A: Sim, mas aí não há reencarnação de nenhum indivíduo.
E: Não. Eu vi como você me explicou.
A: Mas é uma farsa. Não é real.
E: Claro! Continua sendo uma farsa, para perdurar dentro do jogo
e não terminar com o final do corpo de carne e voltar ao Absoluto.
Certas consciências seguem experimentando, assim eu posso dar a
explicação do que temos chamado a reencarnação.