Alternativas para fazer o DF crescer
Banco Central do Brasil
Correio Braziliense/Nacional - Cidades
sábado, 13 de novembro de 2021
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Autor: » SAMARA SCHWINGEL
O secretário de Economia do Distrito Federal, André
Clemente, afirmou nesta semana que há um plano
estratégico em andamento para descentralizar do setor
público as atividades do sistema econômico local. Esse
segmento representa, atualmente, 46, 1% da
composição do produto interno bruto (PIB) referente ao
grupo de serviços (leia abaixo). Para o chefe da pasta, o
peso da administração pública poderia levar a capital do
país ao colapso. Especialistas na área divergem desse
entendimento, mas apontam o investimento em outras
áreas do setor produtivo como uma eventual saída.
À reportagem, Clemente detalhou o posicionamento -
expresso no evento Correio Talks, na última quarta-
feira. 'Despende-se muito com pagamento da folha de
servidores. Gastando consigo mesmo, o governo não
tem capacidade de investimento e expansão. E o
dinheiro para de circular da forma que deveria: por meio
de consumo privado, pagamento de impostos, entre
outros', afirma. O risco do colapso, segundo o
secretário, decorre da possibilidade de haver mais
dispêndios que receita. 'A máquina pública é essencial,
mas não pode 'matar' o resto da economia. Não que
não seja necessário (o funcionalismo público), mas não
pode ser o principal componente da matriz econômica.
É isso que precisamos mudar', defende.
Presidente do Conselho Regional de Economia
(Corecon-DF), César Bergo comenta que a proposta do
secretário é antiga. 'Há muito tempo, sabe-se que é
preciso buscar uma solução. Do jeito que está, não dura
muito tempo', acredita. Ele avalia que a capital federal
não conseguirá abrir mão por completo do serviço
público, mas considera necessária a inversão do
modelo atual. Para isso, ele defende a busca por
alternativas. Entre os ramos promissores estariam a
tecnologia e a construção civil. 'São áreas que
promovem um ciclo de geração de empregos e
arrecadação de impostos. Com investimento em obras,
há abertura de vagas.
Um empurra o outro. Mas, na busca por essa solução,
não podemos cometer erros de tentar trazer para
Brasília polos que a cidade não comporta', frisa o
economista.
Dionyzio Klavdianos, presidente do Sindicato da
Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF),
afirma que o setor será necessário para auxiliar no
crescimento econômico. Ele entende que o ramo
permite fazer o sistema girar, além de movimentar os
mercados comercial e imobiliário. 'Em uma cidade com
essa área forte, é muito provável que haja outras
indústrias ativas, porque geramos demanda. É um
exemplo de como a área pode ajudar a economia',
reforça.
Para o presidente da Associação de Empresas do
Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Eduardo
Aroeira, a construção civil depende pouco do governo.
Por isso, representa uma saída de migração econômica.
Neste ano, inclusive, a expectativa é de que a
arrecadação do setor supere todos os resultados da
série histórica, iniciada em 2007. 'Para as vendas, a
expectativa é de que chegue àcasa dos R$3 bilhões, o