Q
uando o tratamento secundário não remove nitrogênio e
fósforo nos percentuais exigidos pelo órgão ambiental é
utilizado o tratamento terciário. Para remover o nitrogênio,
normalmente se usa a técnica de lodos ativados, que provoca
o desenvolvimento de uma cultura microbiológica em forma
de flocos, que é alimentada pelo efluente a ser tratado.
Dentro do recipiente, a aeração proporciona aos micro
organismos oxigênio necessário para evitar a perda dos
flocos bacterianos, além de misturar de forma homogênea
o líquido a ser tratado. A essa mistura se dá o nome de li
cor, que é enviado a um decantador para separar o lodo do
efluente tratado. O lodo segue para um tanque de aeração
que manterá a concentração de microorganismos neces
sários para a carga orgânica afluente. Na superfície do de
cantador ficará a água que está pronta para o descarte. O
excesso de lodo, depositado no fundo do tanque, é extraído
e pode ser engrossado e desidratado para servir de adubo
na agricultura, por exemplo.
Geralmente, a remoção de fósforo é feita a partir de tra
tamento químico, que pode utilizar sulfato de alumínio,
cloreto férrico ou outro coagulante. Também é considerado
tratamento terciário aquele que é dedicado à desinfecção,
ou seja, que remove organismos patogênicos. l
REATOR UASB SEGUIDO DE FILTRO
PERCOLADOR: concentra uma primeira
etapa anaeróbia (UASB) com uma etapa
aeróbia que faz uso de um filtro percolador,
um dos mais antigos métodos de tratamento
de esgoto e bastante comum no Brasil.
REATOR UASB SEGUIDO DE
FLOTAÇÃO: mescla etapa anaeróbia (UASB)
com etapa físico-química em um tanque
de flotação, adiciona bolhas de ar em uma
suspensão coloidal, processo químico que
adiciona ao líquido, ainda sujo, um produto
solvente e um produto que será dissolvido.
LAGOA FACULTATIVA SEGUIDA DE
LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO: esse
processo tem sido bastante usado no Brasil,
pois requer baixos custos de implantação,
operação e manutenção. Por se tratar de
recurso natural, apresenta demanda de longo
período de retenção de água e maior extensão
de área da planta, o que limita sua instalação.
REATOR UASB SEGUIDO DE LAGOAS
AERADAS: também miscigena uma primeira
etapa anaeróbia (UASB) com a tecnologia de
lagoas aeradas em série. É preciso reduzir o
tamanho do lago, caso a área disponível seja
pequena para a implantação de um projeto de
lagoas convencionais. Com isso, o ambiente
perde forças para gerar oxigênio e estabilizar a
matéria orgânica afluente. Com um mecanismo
de aeração a lagoa recebe a quantidade exata
de oxigênio para manter o processo.
LAGOA ANAERÓBIA SEGUIDA DE
LAGOA FACULTATIVA: recebe o nome
de sistema australiano e se trata de uma das
soluções mais econômicas quando há uma
extensa área disponível para a construção.
São duas lagoas, onde na primeira é realizada
a etapa anaeróbia com a retenção e digestão
de sedimentos. Na segunda, é atribuído às
algas produzirem oxigênio que será consumido
pelas bactérias, quando ocorre a degradação
dos contaminantes solúveis presentes em
partículas suspensas.
LAGOA AERADA SEGUIDA DE LAGOA
DE DECANTAÇÃO: se a área disponível é
de tamanho considerável, é usada uma lagoa
aerada seguida por uma lagoa de decantação,
quando a mistura permanece em repouso até
que a gravidade se encaminhe de depositar
os materiais mais pesados no fundo, a fim
de que, posteriormente, a água, que está em
cima, seja retirada do recipiente.
TRATAMENTO
TERCIÁRIO
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