CAPÍTULO 04 SUSTENTABILIDADE
Todavia, a instituição aponta a inviabilidade
da tecnologia em áreas mais pobres, principal
mente para o uso hídrico em larga escala, como
na agricultura e em casos onde os habitantes
permanecem longe da unidade de dessaliniza
ção. A dificuldade seria a requisição de muita
energia para concluir os procedimentos, tornan
do o método não indicado para situações do tipo.
Especialistas indicam que, além do alto cus
to energético, a extração de sais geralmente usa
energia fóssil como fonte, algo que não é susten
tável, apresenta flutuações de preço e é difícil de
ser transportada. Além disso, as águas residuais
da dessalinização podem impactar negativa
mente os ecossistemas marinhos ao serem des
pejadas diretamente no oceano.
Segundo documento elaborado pelo “Pacific
Institute”, instituto independente de pesqui
sa dos Estados Unidos, os resíduos apresentam
concentração de sais muito superior à encontra
da naturalmente nos oceanos, além de aditivos
químicos incorporados ao tratamento da água e
metais pesados liberados de processos corrosi
vos que ocorrem dentro das tubulações.
Em todo o planeta, quatro métodos são ado
tados para a conversão da água salgada potável.
A primeira delas é denominada “osmose inversa”
(ou reversa), que ocorre quando se exerce forte
pressão em uma solução salina. A água atraves
sa uma membrana semipermeável, com poros
microscópicos, responsáveis por contar os sais,
microorganismos e impurezas. Com isso, o líqui
do puro se separa da solução salgada.
Usina de dessalini]ação em
+amEurgo, na AlemanKa
n Shutterstock
ÁGUA SALGADA
NO MUNDO
C
omo a maior parte da água e[istente na Terra
p salgada, as tpcnicas de dessalini]ação podem
ser Yistas como alternatiYas para a escasse] do
recurso em algumas regi}es. &aso apenas n~meros
seMam considerados, segundo análises cientt ́cas,
os oceanos e mares contam com o Yolume de 1,
milKão de Tuil{metros c~Eicos lemErando Tue cada
Tuil{metro c~Eico representa um trilKão de litros.
Alpm disso, a água salgada de lagos responde por
10 Tuil{metros c~Eicos.
Os números demonstram o potencial que os
processos de extração de sais podem alcançar,
sobretudo em cenários que apontam conflitos em
razão do desabastecimento em vários países. A
profundidade média dos oceanos é de pouco mais de
3 quilômetros, distribuídos em uma camada de 24 mil
quilômetros de extensão ao redor do planeta. Apesar
de parecer considerável, a quantidade de água na
Terra é reduzida quando fazemos a comparação com
o material rochoso. Se o planeta fosse uma maçã, por
exemplo, a água equivaleria somente à casca.
Dessa forma, é importante conhecer as principais
fontes desse recurso, mesmo que os processos para
dessalinização ainda estejam restritos, por causa dos
investimentos elevados.
OCEANO PACÍFICO: com 180 milhões de km^2 (o
equivalente a 25 bilhões de campos de futebol), trata-
se do maior do planeta. Cobre quase um terço da
superfície terrestre e corresponde a quase metade do
volume dos oceanos.
OCEANO ATLÂNTICO: é o segundo maior em
extensão, com uma área de aproximadamente 105
milhões de km^2 (14 bilhões de campos de futebol),
cerca de um quinto da superfície da Terra.
OCEANO ÍNDICO: a terceira maior divisão oceânica
do mundo, com 73 milhões de km^2 (10 bilhões de
campos de futebol), destaca-se por ocupar cerca de
20% da superfície terrestre.
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO: o único que
rodeia completamente o globo, com superfície de 20
milhões de km^2 (2,8 bilhões de campos de futebol).
OCEANO GLACIAL ÁRTICO: tem 13 milhões de
km^2 (1,8 bilhão de campos de futebol). Forma-se por
mares e geleiras ao redor do Círculo Polar Ártico.