O
s cuidados com o
armazenamento da água
devem ser considerados quando
se propõe a utilizá-la (ou reutilizá-
la). A preocupação com a
qualidade do líquido e a segurança
das instalações que o contêm
fazem parte do cotidiano dos
brasileiros, que se acostumaram
a lidar com os números de pelo
menos uma doença que tem
relação íntima com o modo como
o recurso é estocado: a dengue.
No Brasil, a transmissão vem
ocorrendo de forma continuada
desde 1986, a partir do mosqui
to Aedes aegypti, mesmo vetor
de outras enfermidades, como a
chikungunya e a febre pelo vírus
zika, de circulação recente em
território nacional. Dados do Mi
nistério da Saúde indicam que,
em 2015, foram registrados mais
de 1,6 milhão de casos de dengue
no país, com incidência maior nas
regiões Sudeste e CentroOeste.
As autoridades de saúde aler
tam que o armazenamento in
correto de água, dentro e fora das
residências, contribui bastante
para a proliferação do inseto. Por
isso, a atenção às caixas d’água
e cisternas é fundamental, pois
elas podem se transformar facil
mente em focos para a reprodu
ção dos mosquitos.
Para evitar que o vetor encon
tre boas condições para deposi
tar os ovos, o recipiente que ar
mazena a substância deve estar
completamente fechado. Quando
a água permanece muito tempo
guardada ou exposta ao sol, po
OS PERIGOS DO
ARMAZENAMENTO DE ÁGUA
dese formar uma camada de lodo na parede. A água pode apresentar
mau cheiro e ficar imprópria para o consumo.
De qualquer maneira, recomendase a limpeza frequente do local.
Caso não haja intenção de ingerir o recurso da caixa d’água, um ponto
positivo é despejar água sanitária, de modo a continuar com a higiene
das fontes de armazenamento e eliminar microorganismos que pode
riam se proliferar. A limpeza do ambiente doméstico é essencial, pois,
sem o líquido, a fêmea do inseto não consegue se reproduzir. Ü
Doenças que têm como vetor o mosquito
Aedes aegypti, que se reproduz em locais onde
existe o armazenamento incorreto de água
n Shutterstock