iguaria obrigatória no café da manhã dos gringos.
Mas essa história do colesterol ainda causa muita confusão. Boa parte disso
tem a ver com outro nutriente, a gordura e seus diferentes tipos: a saturada, que é
sólida em temperatura ambiente, e as insaturadas, que são líquidas (a do azeite
de oliva e a ômega 3 dos peixes, por exemplo).
Nos anos 50, Edward Ahrens, da Universidade Rockefeller, demonstrou que
cada uma delas interfere de um jeito nos níveis de colesterol no sangue. Gordura
saturada, que existe em grande quantidade na carne vermelha, aumenta tanto o
colesterol ruim quanto o bom. E gordura insaturada, caso do ômega 3 e do
azeite, aumenta o bom e diminui o ruim.
Antes de seguirmos, vale dar uma pausa para a gente entender melhor como o
colesterol funciona.
Na próxima página.
DE CARONA COM O COLESTEROL
Colesterol é um álcool derivado da gordura. Para circular no corpo, ele
precisa ser carregado pelas lipoproteínas. Embarque nessa para
entender.
- Imagine que seu fígado é um terminal rodoviário, de onde partem e
chegam linhas de ônibus que transportam colesterol pelo corpo. O
LDL (Low Density Lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade)
faz o trajeto fígado-vasos sanguíneos. Se acontece uma superlotação
dele nas artérias, as placas podem se formar e bloquear a passagem de
sangue.
Por isso é que esse tipo é chamado de colesterol ruim. - O que faz o caminho inverso, dos vasos sanguíneos para o fígado,
promove uma limpeza geral e atende pelo nome de High Density
Lipoprotein (lipoproteína de alta densidade). Para os íntimos: HDL, o
bom. - Tem um subtipo do colesterol ruim que é o VLDL (Very Low
Density Lipoprotein), que sai do fígado, faz baldeação no sangue e vai
para as células, levando, além de colesterol, um tipo de gordura
chamado triglicérides.