HISTÓRIA HOJE
REVISANDO OS NÚMEROS DA
PESTE NEGRA – PARA PIOR
Não se sabe exatamente quantas pessoas morreram na Europa pela Peste Negra
(1347-1353). Fala-se de despovoamento massivo, mas a falta de evidências faz
com que alguns historiadores duvidem que tenha sido tão dramático assim.
A arqueóloga Carenza Lewis, da Universidade de Lincoln (Inglaterra) fez outros testes,
por meio dos restos de cerâmica encontrados em sítios arqueológicos. A cerâmica
indica a presença e atividade humana. Usando o trabalho de centenas de voluntários,
que cavaram numa vasta região do leste da Inglaterra, ela concluiu que a região como
um todo perdeu 45% de sua população, e alguns locais chegaram a perder 85%.
A CEVADA CHEGOU À CHINA ANTES DO QUE SE PENSAVA
E
studando funis e vasos de ce-
râmica de 5 mil anos, encon-
trados na província de Sha-
anxi, arqueólogos descobriram restos
de oxalato, um resíduo da fabricação
de cerveja. Não apenas isso, como
também restos de vegetais, que indi-
cam que a cerveja foi feita com lágri-
mas de Jó, um cereal asiático seme-
lhante ao sorgo, raízes e cevada.
Esta última foi uma grande sur-
presa – até agora, a evidência mais
antiga do cereal na China datava de
mil anos depois. Arqueólogos
acham que a cevada não veio sozi-
nha. “É possível que, quando a ce-
vada foi introduzida da Eurásia
ocidental na planície central da Chi-
na, ela tenha vindo com o conheci-
mento de que o grão era um bom
ingrediente para fazer cerveja”, afir-
ma Jiajing Wang, o condutor do es-
tudo, da Universidade da Califórnia.
“Então não foi apenas a introdução
de uma nova plantação mas também
o conhecimento associado a ela.”
Em regiões da
Inglaterra, a peste
chegou a dizimar
85% da população
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CERVEJA ANCESTRAL
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