® Cruzoé 193 [Riva] (2022-01-07)

(EriveltonMoraes) #1

estadual de São Paulo voltou para os braços do bolsonarismo. O retorno
foi marcado por uma polêmica sob medida para agradar ao velho aliado:
o boicote à vacinação contra a Covid. Ela passou a questionar, dia sim,
outro também, a eficácia e a segurança dos imunizantes. Nesta semana, a
deputada esteve no topo dos assuntos mais comentados das redes


sociais por ironizar a alta nos casos da doença. “Vivemos um momento


tão intrigante, que pessoas vacinadas com todas as doses pegam Covid e


recomendam a vacinação. Parece piada”, escreveu, repetindo a falácia


preferida do bolsonarismo – como especialistas já explicaram tantas e
tantas vezes, as vacinas não impedem a infecção, mas previnem casos
graves e mortes.


A dez meses das eleições, a onda antivacina ganhou força entre
representantes da extrema-direita e se transformou em uma das
primeiras pautas da pré-campanha eleitoral. Sob a justificativa de uma
pretensa defesa da liberdade, os políticos antivax sabotam as estratégias
apregoadas pelas autoridades sanitárias e tentam colocar em xeque a
velha confiança dos brasileiros nas vacinas. Para além de dificultar o
combate à pandemia, pontualmente, as fake news amplificadas por essa
turma podem causar prejuízos a longo prazo, como a exposição da
população outra vez a outras doenças graves que, com o passar do
tempo, foram praticamente erradicadas graças à facilidade com que as
pessoas aderiram por aqui às campanhas de imunização. Mas, afinal, o
que move os políticos que sabotam as vacinas? É loucura, ignorância ou
simples interesse eleitoral, já que o discurso cai bem aos ouvidos de seus
simpatizantes?


Crusoé fez a pergunta à própria Janaina Paschoal. Diz ela: “Não tenho


nenhum interesse eleitoral, acho até que essas declarações me tiraram


votos. Ninguém vai colar em mim a pecha de negacionista, de


bolsonarista, eu me revoltei contra o presidente quando ele chamou a


Covid de gripezinha. Essa é uma leitura injusta e preconceituosa na


tentativa de me desmoralizar. A pessoa que fala alguma coisa só para ter


apoio é uma prostituta. Eu não sou uma prostituta”. A deputada pretende


se candidatar ao Senado nas próximas eleições. Ela admite que retomou

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