de econômica deste empreendimento será mostrada se os benefícios superam
os custos. É exatamente aí que está a dificuldade do problema. Sabe-se que a
compensação de reativo traz como benefícios a diminuição das perdas, menores
gastos com a energia comprada, além de liberação de capacidade dos equipa-
mentos. Desses, o mais difícil de avaliar é a liberação da capacidade, pois isto
só será benefício se esta capacidade for utilizada para alimentar outro sistema.
O benefício será, exatamente, igual ao custo de aquisição e equipamentos para
abastecer o outro sistema. O fluxo de caixa do problema em questão, mostrando
a reposição contínua é mostrado na Figura 5.4. Neste caso, a capacidade ociosa
só será utilizada a partir do período m.
Figura 5.4 - Fluxo de caixa para a compensação de reativos
O custo de instalação Icap, bem como o de operação CO são relativamente
fáceis de serem determinados. Já o benefício pela redução das perdas e dimi-
nuição da multa por baixo fator de potência BE é extremamente dependente da
operação da planta industrial. Isto leva a se estabelecer um cenário para a aná-
lise. Entende-se por cenário um conjunto de hipóteses de operação, baseadas
nas características do processo, que permitem estabelecer o comportamento do
sistema. É importante observar que uma boa análise econômica deve conter
vários cenários.
Avaliado BE, para um cenário, tem-se que avaliar o benefício pela capa-
cidade ociosa BS. Esta só existe a partir da entrada de outro sistema no período
m que faça uso desta capacidade ociosa. De fato, não se vai calcular BS, mas sim,
o custo anual BA correspondente aos equipamentos que não foram adquiridos.
Este é o custo deles Ie multiplicado pelo correspondente FRC, sendo ne a vida
dos equipamentos. Em caso de diferentes equipamentos com vidas diferentes,
tem-se que calcular os custos anuais de cada um, somando-os no final.
BA = Ie.FRC(i,ne)