(a) Curva instantânea (b) Curva de Duração
Figura 1.8 - Curvas de carga de consumo de energia
Em um sistema elétrico real, com muitos consumidores e geradores in-
terligados, a operação mais econômica ocorre quando se colocam as centrais
elétricas de melhor desempenho e, portanto, de menor consumo, gerando na
base, isto é, durante a maior parte do tempo. Da mesma forma, por considera-
ções de desempenho e flexibilidade ao acompanhar as variações de carga, exis-
tem as centrais de ponta. Sem considerar uma convenção muito rígida, pode-se
admitir que as plantas de geração que operem mais de 5.000 horas anuais são
centrais de base (fatores de capacidade >57%), enquanto aquelas que gerem
por menos de 2.000 horas são consideradas de centrais de ponta (fatores de
capacidade <23%). As centrais que se situam neste intervalo são as centrais
intermediárias.
Um aspecto marcante para a adequada concepção e operação dos siste-
mas energéticos refere-se aos conceitos dos custos de capacidade (em inglês:
capex) e aos custos de energia (em inglês: opex). Entende-se por custos de capa-
cidade os custos de investimento, relacionados com a necessária amortização do
capital aplicado no sistema energético. Frequentemente estes custos são apre-
sentados como custos unitários, dados como US$/kW de capacidade instalada
e dependem fortemente da tecnologia do sistema, com os custos mais elevados
naturalmente para os sistemas de maior eficiência. Por sua vez, os custos de
energia correspondem aos custos incorridos para a geração de uma unidade de
energia e incluem a amortização do investimento e os custos de operação e ma-
nutenção. É usual ainda, nos sistemas de geração de energia elétrica, separar-se
os custos de operação e manutenção, em duas parcelas, uma correspondente ao
combustível necessário para a geração e outra, relativa a todos os demais custos,
como pessoal, manutenção, etc. Outra aplicação deste raciocínio, agora para um
consumidor de energia, é apresentada na Figura 1.9, onde a viabilidade da utili-