EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES
FP = fator de potência da carga;
Po = perdas em vazio [kW];
PJN = perda em carga nominal [kW].
Derivando-se esta expressão em relação ao fator de carga, pode-se obter
o ponto de carga correspondente ao máximo rendimento, que é dado por:
onde:
Fc* = fator de carregamento ótimo [pu].
É importante observar que carregar um transformador próximo à sua
potência nominal implica em um expressivo aumento das perdas (note-se que
as perdas em carga são proporcionais ao quadrado da corrente de carga). Neste
sentido, o carregar um transformador tendo como critério o seu limite térmico,
além de expor o transformador a uma maior probabilidade de falha, contribui
decisivamente para uma ineficiência da sua aplicação e, portanto, deve ser rea-
valiado.
11.6 – Etiquetagem de Transformadores de Distribuição
Desde janeiro de 2014, com base na portaria interministerial número
104, de 22 de março de 2013, somente são comercializados no Brasil transfor-
madores etiquetados com base no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE).
Esta portaria estabeleceu a regulamentação específica que definiu os requisitos
mínimos de desempenho para transformadores de distribuição em líquido iso-
lante com as seguintes características:
a. Transformador de Distribuição Monofásico nas tensões primárias no-
minais de 15; 24,2; e 36,2 kV e potências de 5 a 100 kVA; e
b. Transformador de Distribuição Trifásico nas tensões primárias nomi-
nais de 15; 24,2; e 36,2 kV e potências de 15 a 300 kVA.
As empresas importadoras dos transformadores, objeto desta regula-
mentação, devem comprovar o atendimento aos níveis de perdas em vazio e
totais máximos, definidos também na mesma portaria interministerial, durante
o processo de obtenção da Licença de Importação. Esta etiqueta é parte de um
amplo trabalho que visa à regulamentação do equipamento pela Lei de Eficiên-
cia Energética (Lei n.º 10.295/2001), que prevê padrões mínimos de eficiência