Lafayette. Ela já foi homem?
Tammy soltou uma sonora gargalhada.
— Eu mesma já me perguntei isso várias vezes.
— Ela parece uma stripper.
— Se calhar até gostaria. Quer que eu lhe arranje um guarda-roupa, desenhado
especialmente para ela por Oscar de la Renta. Ainda não tive coragem de lhe pedir tal
coisa. Nem coragem, nem orçamento para isso.
- —Tenho a certeza de que se pode arranjar qualquer coisa.
— Espero bem que não.
Os dois riram-se do programa durante alguns minutos e John reiterou o seu convite para
almoçar. Sugeriu um restaurante de que Tammy gostava. Parecia atractivo e era bom sair
do escritório para variar. Tammy não o fazia com frequência e, de uma maneira geral,
estava sempre demasiado ocupada a apagar incêndios para poder parar e comer alguma
coisa. Combinaram encontrar-se à uma hora da tarde do dia seguinte.
As outras perguntaram-lhe quem era quando Tammy desligou e voltou para a sala.
— Era uma pessoa do emprego com quem passo a vida a esbarrar nas reuniões.
Convidou-me para almoçar — respondeu Tammy, reservada.
— Parece ser divertido — comentou Sabrina com um sorriso triste.
Nunca mais saíra desde que ela e Chris romperam há um mês. Tudo o que fazia era
trabalhar e ir directa para casa. Não tinha ânimo para fazer mais nada. Desde que Chris a
deixara, Sabrina não fazia outra coisa a não ser pensar nele. Sentia imensas saudades. E
nunca mais soubera nada dele. Sabrina não parava de pensar naquele anel lindíssimo. E
no pedido de casamento que a aterrara. Não era tão corajosa como o pai. Nem tão louca.
Não conseguia perceber como o casamento do pai com Leslie podia resultar. No entanto,
desejava-lhe toda a sorte do mundo, apesar de achar que a maneira como o pai se
comportara sobre o assunto era um tremendo desrespeito para com a mãe. Não obstante,
Sabrina amava o pai e estava aliviada por terem conversado. Pelo menos, as linhas de
comunicação entre eles estavam abertas outra vez. Já era alguma coisa. Mas à
semelhança das outras irmãs, estava preocupada com o impacto que o casamento do pai
com Leslie ia ter sobre elas e sobre a sua relação com o pai.
Tammy encontrou-se com John Sperry para almoçar no dia seguinte. Ele era inteligente,
interessante e Tammy gostou dele. John tinha milhões de projectos para os trabalhos que
fazia, praticava imensos desportos, adorava teatro e era ambicioso no seu emprego. Era
muito ligado à sua família e tinha trinta e quatro anos. No final do almoço, pareceu-lhes a
ambos que tinham muitas coisas em comum.
— Então e agora, o que vamos fazer a seguir? Qual é o próximo passo? — perguntou-lhe
John quando saíram do restaurante. — Vamos jantar ou almoçar outra vez?
Mas depois John teve outra ideia.
— E que tal irmos jogar ténis ao meu clube no sábado de manhã?
— Sou uma péssima jogadora — avisou Tammy, mas pareceu-lhe que seria divertido.
— Eu também sou — confessou John. — Mas, de qualquer maneira, gosto de jogar.
Depois podemos almoçar no clube, ou em outro lugar qualquer, se tiver tempo.
John não se mostrava muito apressado já no começo e isso também agradou a Tammy.
Não gostava de homens que a levavam para jantar uma vez e tentavam logo levá-la para a