Danielle Steel - As Irmãs PT

Os oito apanharam um avião para Providence na manhã seguinte, as quatro irmãs e os
seus namorados. Uma carrinha levou-os do aeroporto até à doca de Newport, onde o
veleiro que eles haviam fretado os aguardava. Era o dia um de Julho e o barco era seu
durante duas semanas. Tencionavam velejar em torno da costa junto a Martha's Vineyard
e a Nantucket, visitando alguns amigos pelo caminho. E durante a segunda semana de
viagem iriam visitar a família de Paul no Maine.
O mais difícil para as raparigas era acreditarem que a mãe já morrera há um ano.
Sentiam-se gratas pelo facto do pai ter cancelado a festa que costumavam dar nesta data.
Essa era uma maneira muito melhor de passarem o aniversário da morte da mãe. Juntas,
entre as pessoas que amavam, num cenário diferente daquele em que se encontravam no
ano anterior, quando ocorreu o acidente.
Na manhã do dia Quatro de Julho, as raparigas realizaram uma cerimónia tranquila e
silenciosa no convés do barco e cada uma delas lançou uma flor à água. Tammy reparou
que Annie atirou duas flores.
— Para que foi a segunda flor? — perguntou-lhe a irmã com calma depois.
Annie hesitou e depois respondeu:
— Pelos meus olhos.
Então, zarparam pouco depois e passaram o dia em redor de Martha's Vineyard; perto da
hora do jantar aportaram para passarem a noite. Até o momento tinha sido um cruzeiro
mágico e ao jantar Brad apertou a mão de Annie para lhe dar um sinal. Esta respirou
fundo e esperou por um intervalo na conversa. Os momentos de silêncio e de atenção
exclusiva e incondicional eram difíceis de acontecer, por isso Brad bateu com o garfo no
copo, fazendo-o tinir para chamar a atenção de todos. Annie estava a sorrir e ambos
estavam de mãos dadas.
— Temos uma coisa para vos contar — anunciou Annie, parecendo entusiasmada e
ansiosa, quase como se estivesse com falta de ar.
Sabrina e Chris trocaram um olhar e sorriram. Se fosse o que estava a pensar, Chris
esperava que fosse contagioso. Contudo, não podia queixar-se. Sabrina aparentava agora
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mais corajosa para enfrentar o futuro de ambos. Chegara até a mencionar uma ou duas
vezes terem filhos.
— Vamos casar em Dezembro — comunicou Annie, olhando na direcção de Brad. — Eu
vou trabalhar na escola com o Brad... e vou ser mulher dele... — acrescentou Annie, e
nesse instante todo o grupo explodiu em desejos de felicitações sinceros e entusiastas.
— Bolas — disse Sabrina um minuto depois. — Devia ter feito uma aposta dupla ou tripla.
O que foi que me disseste há um ano? Que nunca mais terias um namorado, que ficarias
uma solteirona... e que nunca terias filhos. Podia ter ganho uma fortuna.
Todos se riram, ao mesmo tempo que Brad rodeava Annie com o braço e a beijava. Os
dois pareciam muitíssimo felizes quando Annie se aninhou junto a Brad. Chris beijou
Sabrina e cingiu-a junto a si. E Tammy mencionou pouco depois que iria de férias com
John e com os irmãos dele em Agosto. Candy e Paul limitaram-se a rir. Na idade deles, o
casamento estava muito afastado dos seus planos e dos seus pensamentos. Só queriam
passar o máximo de tempo possível juntos e divertirem-se bastante, tal como vinham