a dormir. Sabrina adorava a cadela e gostava imenso da sua companhia.
— Espero que ajuanita não a ataque outra vez — disse Sabrina para Chris. — Pregou um
susto de morte à Beulah da última vez que isso aconteceu.
— Isso é embaraçoso. Como pode a Beulah ter medo de um cão com pouco mais de um
quilo?
—Juanita acha que é um grana danois. Sempre ataca os outros cães.
— Costumo comer tacos maiores do que ela. É uma cadela ridícula, parece um morcego.
Chris sorriu, pensando nos três cães da família, cada um deles mais ridículo do que o
outro. A yorkshire-temer de Candy era uma pequena princesa e usava sempre lacinhos no
pêlo, que a chihuahua se encarregava de arrancar e de desfazer logo que tinha
oportunidade disso. Era um cão de ataque com um quilo e trezentos.
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— Não digas isso — avisou-o Sabrina. — A Tammy acha-a linda.
— Penso que o amor é cego, mesmo no que respeita aos cães. Pelo menos a tua irmã
Annie é sensata.
— Ela sempre odiou cães. Acha que eles são uma praga. Uma vez rapou o pêlo ao cocker
spaniel da minha mãe. A mãe pô-la de castigo durante três semanas. Annie disse que o
cão parecia ter muito calor com todo aquele pêlo em pleno Verão. O pobre do cão ficou
com um ar absolutamente patético,
Ambos se riram ao imaginar a cena e o trânsito desanuviou outra vez. Sabrina disse que
era melhor desligar. Chris disse que a amava e despediu-se até ao dia seguinte na casa dos
pais dela.
Sabrina pensou nele enquanto conduzia e sentiu-se feliz por tê-lo conhecido. Não era fácil
conhecer homens bons, e um tão bom como Chris era raro. Estava bem ciente disso e
profundamente grata por ambos serem tão felizes juntos. A relação dos dois melhorava
de ano para ano; era por isso que a sua mãe não compreendia a falta de interesse
demonstrada por Sabrina em casar-se. Era o feitio dela e sempre dizia que isso não se
devia a nenhum defeito por parte de Chris. Ele estava mais do que disposto a casar-se,
mas mostrava-se paciente com o facto de ela não querer. Nunca a pressionava e
aceitava-a tal como ela era, com as suas fobias e tudo.
A viagem até Connecticut estava demorada e lenta nessa noite. Sabrina telefonou para
casa para se desculpar pelo atraso e a mãe disse-lhe que tanto Annie como Candy já
tinham chegado e estavam sentadas junto à piscina. Comentou que ambas estavam com
óptimo aspecto, apesar de Candy não ter engordado nada, mas pelo menos não estava
mais magra. E Annie estava a contar-lhes sobre Charlie. A mãe disse que parecia ser coisa
séria, o que fez Sabrina sorrir.
— Estarei aí o mais depressa que puder, mãe. Desculpe aparecer tão tarde.
— Calculei que isso acontecesse, querida. Não te preocupes. Sei como é difícil escapares
do escritório. Como está o Chris?
— Está óptimo. Há-de chegar amanhã à tarde. Quis dar-nos um tempo só para nós. Só
para as mulheres. Ele é sempre simpático em relação a isso.
— De facto é — concordou a mãe. — Conduz com cuidado, Sabrina. Não te apresses. Em
todo o caso, ficaremos acordados até tarde. A Tammy não deve chegar antes das duas da
manhã. Também teve de trabalhar hoje. Vocês as duas trabalham de mais, mas com
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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