Elvis Presley.
— E estava bem arranjado?
— Sim, estava bem penteado.
— Com algum produto?
— Desculpe?
— Com óleo, como ele usa. Ou cera, ou outra coisa qualquer.
— Não, simplesmente natural.
— E os olhos?
A cara descrita não destoava do cabelo nem da constituição física. Olhos
azuis encovados, testa sem rugas, maçãs do rosto proeminentes, nariz fino,
dentes brancos, boca séria e queixo firme. Sem estragos visíveis. Nada de
cicatrizes importantes nem de tatuagens. Um bronzeado velho e umas quantas
rugas à volta dos olhos. Muito provavelmente, por os semicerrar, e não rugas de
riso ou por ter o sobrolho franzido. Um sulco numa face. Devido à articulação
contraída do maxilar e talvez à falta de um dente. Mas tudo aquilo um só bloco.
Estreito, mas tudo horizontal. Os sobrolhos, os olhos, as maçãs do rosto
protuberantes, o corte fino da boca, o esgar tenso e permanente. Devia estar mais
próximo dos trinta e tal anos do que dos vinte e tal.
Reacher disse:
— Avise o senhor Klopp de que vamos querer que ele repita isso tudo ao
desenhador.
A tradutora transmitiu a mensagem e Klopp assentiu.
Reacher perguntou:
— O que trazia o americano vestido?
Klopp respondeu e a tradutora explicou:
— Por acaso, um blusão da Levi’s igual ao seu.
— Igualzinho?
— Idêntico.
— O mundo é pequeno — soltou Reacher. — E agora pergunte-lhe porque é
que ele acha que o saudita estava nervoso. Só nos interessam coisas em primeira
mão. Só o que ele viu ou ouviu. Diga-lhe para deixar a análise política para
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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