Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

— Exército, claro. No máximo, sargentos. Provavelmente, não são tropas de
combate. Os velhos sargentos calejados das batalhas têm um ar diferente.
Aqueles são outra coisa.
— Mas não são administrativos.
— Pois não. São trabalhadores manuais.
— Também acho. São tropas de apoio, de um género ou outro. Transportes,
se calhar. Se calhar, carregam camiões. E descarregam-nos.
— Em que estás a pensar?
— Estou cá a perguntar a mim mesmo porque estarão aqui — respondeu
Reacher. — Como sabiam?
— O Griezman? Se calhar, fez um telefonema. Mal nos deixou no hotel.
— Só que nós não ficámos nesse hotel. Eles não nos seguiram de lá. Porque
nós não começámos a partir de lá.
— O que quer dizer que a fuga de informação veio do NSC. Mais ninguém
sabia em que hotel estávamos. O que é ridículo.
— Também acho. Por isso mesmo, não nos seguiram de nenhum dos hotéis.
Nós é que viemos ter com eles. Estavam aqui à espera.
— Porquê?
— Se calhar, aquele bar é mais do que um simples sítio para gente com as
mesmas opiniões. Se calhar, é um ponto de encontro para gente de toda a
espécie. Se calhar, ganha-se dinheiro lá. Portanto, o que acontece quando dois
polícias militares aparecem na cidade sem explicação? Posicionam sentinelas, só
por via das dúvidas. E aqui estamos nós. Acabámos de fazer disparar a
armadilha deles.
— Mas eles não sabem que somos polícias militares. Não sabem os nossos
nomes. Ninguém sabe sequer que estamos neste país.
— E como soubemos nós do Helmut Klopp?
— O Griezman transmitiu um relatório policial idiota qualquer. Ao
consulado.
— Por ser um nobre cidadão?
— Não, por querer proteger o couro bastante considerável dele.

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