Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

dele. Um bom amigo. Disse:
— Achava que te tinham enterrado numa escola algures.
— Foi isso que ouviste dizer? — retorquiu Reacher.
— Meu, andava toda a gente a falar disso. Como se tivesses morrido.
— O NSC pediu-nos para fazer uma coisa secreta. Estamos a abanar uma
árvore. E anda a cair mais uma data de tretas. Vais ter de tratar de limpar isso.
Sem referir o nosso envolvimento. Podes dizer que é tudo teu, se quiseres. E
ganhas mais uma medalha. Começa por estes dois. Andam a vender M9 de
refugo a skinheads num bar.
— Não me vão dar uma medalha por isso.
— O bar é que interessa. Pode ser só a ponta do icebergue.
— E que aconteceu ao nariz deste?
— Foi a Neagley.
— Notável.
— Precisamos de informações de fundo sobre o bar. Pelos vistos, acontecem
lá negócios de toda a espécie. Regista isso num relatório à parte, okay? E depois
estás à vontade para ir pescar. Mas só quando nós dissermos. Andamos a
observar um tipo em concreto e não o queremos afugentar. Partindo do princípio
de que ele está a pensar sequer em voltar. O que, provavelmente, não vai fazer.
— Deixa comigo, chefe — atirou Orozco.
— Já não sou teu chefe.
— De certeza que ainda és chefe de alguma coisa.
Orozco enfiou os dois homens no banco traseiro do carro, atrás da divisória
de plástico, e sentou-se outra vez ao lado do condutor. Reacher e Neagley
acenaram-lhes. A seguir, regressaram ao boutique hotel, onde o rececionista
confirmou que o consulado tratara de facto do assunto, sendo que tinham agora
dois quartos, melhores e ao lado um do outro, no último andar. Foram primeiro
ao de Neagley, de onde telefonaram para McLean, na Virgínia, para prestar
contas a Sinclair.

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