— O Ratcliffe é de vistas estreitas. Se lhes acontecer alguma coisa má na
cidade de Hamburgo, a investigação deles vai estender-se ao máximo. Toda a
gente vai passar a ser suspeita. Não são parvos. Vão deduzir os factos. Quantas
variáveis há? Dois mensageiros, mas só uma casa. O iraniano vai durar menos de
cinco minutos.
— Devias falar com o Bishop.
— O Bishop controla o puto, mas não tem autoridade para o sacar de lá.
— Tem de ter.
— Por motivos gerais, não. Só por razões de perigo iminente.
— Que achas que está a acontecer agora.
— Vai começar mal apanhes o Wiley. Mal o negócio deles caia por terra. E
isso vai ser quando?
— Daqui a nada, espero.
— Exato.
— Devias falar com o Bishop — repetiu Reacher.
Foi então que Sinclair entrou na sala. Vestido preto, pérolas, meias de nylon,
sapatos. Tinha o cabelo húmido. Landry e Vanderbilt abriram espaço e ela
sentou-se. E afirmou:
— Falei com o senhor Ratcliffe. Vamos partir do pressuposto de que a fase
das negociações chegou ao fim e que a fase da entrega se encontra prestes a
começar. Por isso, precisamos de saber o quê, onde e quando.
— A mensageira é capaz de já ter regressado a casa — disse Neagley. — É
possível que tenha apanhado um voo direto. Ou quase. A seguir, vão enviar um
mensageiro para a Suíça. Por não confiarem nos telefones. Com os dados da
conta e as palavras-passe. A transação é capaz de demorar uma ou duas horas. E
até pode acontecer já amanhã.
— Ou daqui a um ano — retorquiu Vanderbilt. — Será que estão preparados
para agir? Será que já têm o dinheiro?
— O Wiley não pode esperar mais um ano — respondeu Waterman. — Já
anda fugido há quatro meses. Não é fácil. O stresse é grande e os riscos também.
Ele precisa de se fixar num sítio qualquer. Acho que agora as coisas vão
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1