Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

A um quilómetro e meio dali, Muller encontrou-se com Dremmler numa
pastelaria. Havia quatro mesas pequenas, todas ocupadas por pares de homens
exatamente iguais a eles, amigos, mas nem por isso, ligados apenas por um
objetivo, fosse este comprar, vender, precaver-se de flutuações de preços,
celebrar contratos de seguros, investir, arrendar, alugar ou comprar para
revender.
Ou lutar contra o desmoronamento da identidade nacional.
— Mais uma vez, obrigado pela tua ajuda na questão do paradeiro do
Reacher. Já temos um plano em marcha — afirmou Dremmler.
— O prazer foi todo meu — retorquiu Muller.
— Ele não pode ficar o dia inteiro no hotel. Mais cedo ou mais tarde, vai ter
de sair. Aguardo um relatório positivo a qualquer momento.
— Ótimo — respondeu Muller.
— E tiveste sorte com a outra coisa?
Muller puxou do retrato-robô de Wiley e alisou-o em cima da mesa.
— Foi difícil de arranjar? — perguntou Dremmler.
— Foi preciso deixar um mínimo de papelada. Mas que não vai levar a lado
nenhum.
— Nunca vi este homem na vida. Não pertence ao movimento.
— Mas o Klopp viu-o mais de uma vez.
— Então é porque vai ao bar para vender ou comprar. Ou as duas coisas. Vou
mostrar este retrato às pessoas que conheço. Pode ser que consigamos um nome
e uma morada.
— Já sabemos o nome dele. Chama-se Wiley. E não tem morada. Eu já
verifiquei, lembras-te?
— De certeza que adquiriu uma nova identidade. Ou várias. Por norma, é a
primeira coisa que esta gente faz. Mas não te preocupes. Sei perfeitamente a
quem perguntar.


Neagley disse   a   Landry  para    telefonar   para    a   delegação   de  Nova    Orleães e
Free download pdf