Escola da Noite

respondeu Mason.
— E contava-lhe histórias do Davy Crockett?
Uma pausa maior.
Bem maior.
— Não me lembro de nada disso — respondeu Mason.
— Ele disse que se alistara por o Arnold lhe ter contado histórias do Davy
Crockett.
— O Horse alistou-se? Chiça!
— E as tais histórias?
— Não me lembro.
— Tem a certeza?
— Se calhar, era alguma série de televisão que o miúdo andava a ver.
— Mais nada?
— Não me parece que fosse contar histórias. Nessa altura, não. As pessoas
diziam que eu não falava muito.
E foi então que o olho se voltou a fechar, com o queixo a cair-lhe para o
peito. A mulher encostou-lhe a cabeça de forma confortável e levantou-se.
— Ele agora vai dormir. Já falou mais do que aquilo a que está habituado —
afirmou.
Saíram em fila indiana para o corredor com o papel de parede com os
desenhos de flores. A mulher perguntou:
— Podem ajudá-lo?
— Vamos falar com a Administração dos Veteranos — respondeu Bishop.
E Reacher perguntou:
— Ele contou-lhe alguma vez as histórias do Davy Crockett?
— Não, nunca — respondeu a mulher.
— E como vai o seu filho? — perguntou Sinclair.
— Vai bem, obrigada. De uma forma um bocadinho lenta. Neste momento, é
como se tivesse sete anos. Mas tranquilo e não barulhento. Temos um futuro
cheio de coisas boas pela frente. Só que o Arnold sente-se culpado. E foi por isso
que voltou para o Texas a seguir à dispensa. Há já tantos anos. Fugiu. Não