Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

chegado. Vanderbilt respondeu que sim e pô-lo em linha.
— Estou a postos para entrar em ação, chefe — disse Orozco.
E Reacher respondeu:
— Então o melhor é tratares já do assunto. Temos um bloqueio de estrada
ativo deste lado. De uma maneira ou de outra, o negócio não vai acontecer. Eles
vão perceber isso mais cedo ou mais tarde.
— Já o encontraram?
— Estamos perto.
— Para já, tudo em alta. É como estar a voar.
— Podes crer — retorquiu Reacher.
Desligou o telefone e ficou parado em silêncio. Ouviu o Mercedes de
Griezman atrás dele, na berma, com o motor a roncar. Ouviu uma ténue
penumbra de ruído da cidade, a um quilómetro e meio, e a buzina de um navio,
mais adiante no rio. Mais perto, ouviu um compressor a trabalhar algures. Talvez
estivesse alguém a pintar qualquer coisa com um aerossol. Em segundo plano,
ouviam-se ruídos ocasionais de motores, como se estivessem a transportar coisas
de um lado para o outro.
Aquilo não estava totalmente morto.
Wiley estava algures por ali.
Reacher voltou para junto do carro e disse:
— Eu e a sargento Neagley vamos continuar a pé.


A mensageira atravessou a zona de recolha de bagagens e entrou no terminal
das chegadas. Esquivou-se de abraços e balões, conseguindo chegar à rua. Que,
no fundo, era um pouco subterrânea. As partidas ficavam por cima dela. Tinham-
lhe dito que iria encontrar quem procurava na ponta esquerda daquela parte
coberta. Perto de uma espécie de curral cheio de carrinhos com três rodas.
Viu-os ao aproximar-se, eram exatamente como os tinham descrito. Homens
pequenos, secos e duros, com barba, cabelo escuro e pele morena. Traziam fatos-
macaco abertos até à cintura, com camisas interiores por baixo, protetores para

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