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Estava. Reacher espreitou pelo canto final da cadeia montanhosa, com um
olho apenas, e viu a carrinha de distribuição, que já não era branca, tendo sido
repintada toscamente, a imitar um grafíti, com letras que pareciam balões, um W
e um H, um S e um L. Estava estacionada de frente. Com a porta de trás subida.
Lá dentro, estavam bolsas de lona robustas, repletas de alças, almofadadas e
redondas, com cores de camuflagem que continuavam escuras e fortes. Nunca
tinham visto a luz do dia.
À esquerda da carrinha, havia uma parede de janelas, que davam para uma
sala grande mas vazia. E, à direita, ficava a parte de trás da cadeia montanhosa.
Talvez um metro de distância para um lado e para o outro da carrinha. O espaço
não era nada apertado. Assim de perto, parecia uma área abundante.
Não havia pessoas à vista. Nenhum guarda.
Reacher retrocedeu e verificou o outro lado. Estavam outros dois
funcionários parados a olhar. Voltou para o sítio onde Orozco e Neagley se
encontravam à espera. Hooper também já lá estava. Contou-lhes as novidades.
Os três deram, um a um, a sua espreitadela, igualmente com um olho apenas.
Orozco deu um passo atrás e disse:
— O escritório deve ter duas salas. Eles devem estar na dos fundos.
E Reacher respondeu:
— Ou então foram comprar piza e um jarro de cerveja. Para quê estar a
montar guarda a umas quantas latas? Não sabem o que aqui têm.
— A prioridade principal é a carrinha. Não é o pessoal.