— O Griezman teria grandes dificuldades em avançar juridicamente contra
mim.
— Por você ter pessoas em lugares que são capazes de o surpreender?
— Centenas e centenas de pessoas.
— E você é o chefe delas?
— Tenho essa honra.
— E está a chefiá-las para onde?
— Querem o país delas de volta. E eu vou certificar-me de que o têm. E mais
do que isso. Vou certificar-me de que têm o país que merecem. Novamente forte.
Com propósitos puros. Toda a gente a remar para o mesmo lado. Chega de
inúteis. Chega de interferências exteriores. Não será tolerado nada desse género.
A Alemanha será dos alemães.
Reacher ficou calado durante um longo momento.
E a seguir perguntou:
— O que sabe você da história do seu país?
— Da verdade ou das mentiras?
— Do terror, do sofrimento e dos oitenta milhões de mortos. Aprendemos
isso nas aulas. E depois, à noite, púnhamo-nos na converseta e alguém falava de
uma máquina do tempo, que permitiria que voltássemos atrás e eliminássemos o
tipo. O que faríamos?
— E qual era a sua opinião?
— Eu era todo a favor. Mas era uma pergunta estúpida. Não existem
máquinas do tempo. E, retrospetivamente, as coisas são sempre fáceis de
analisar. Eu achei que o verdadeiro desafio era fazer a pergunta ao contrário.
Começando no aqui e agora. Olhando para o futuro. Antecipando. O que é o
oposto de uma máquina do tempo. Haveria algum tipo que pudéssemos eliminar
hoje, para que amanhã ninguém precisasse de sonhar com máquinas do tempo?
E, se houvesse, seríamos capazes de fazer isso? Imaginemos que nos
enganávamos. Mas imaginemos que acertávamos. Oitenta milhões de vidas por
uma.
O relógio mental de Reacher indicou-lhe que os quinze minutos já tinham
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1