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Apanharam um voo da Lufthansa ao início da noite, ficando sentados ao lado
um do outro no meio de gente essencialmente jovem e a viajar sozinha, alguns
com aspeto desmazelado, outros com um ar esquisito e outros que pareciam
saídos de uma visita de estudo de pós-graduação. O avião fê-los regressar aos
Estados Unidos duas horas depois de terem saído da Alemanha, a meio da noite,
oito horas de voo menos seis fusos horários, e a seguir foram buscar o velho
Caprice ao parque de estacionamentos de curta duração, atravessaram a
escuridão nele até McLean e pararam ao lado dos Caprices mais novos, que
pareciam não ter saído do mesmo sítio. Junto deles, encontravam-se duas
carrinhas pretas. Entraram e deram com toda a gente, incluindo Ratcliffe e
Sinclair, atafulhada no gabinete. À espera deles. Mas não tinham esperado muito
tempo. Um posto elevado tinha as suas vantagens. Ratcliffe disse:
— Chegaram mesmo a horas. A FAA foi-nos informando do voo da
Lufthansa e a polícia manteve-nos ao corrente do trânsito.
E Reacher retorquiu:
— O que perdemos?
Ratcliffe respondeu:
— Uma peça do quebra-cabeças. O que sabe o major de computadores?
— Já vi um uma vez.
— Têm todos uma coisa lá dentro que define a data e a hora. Um
circuitozinho. Muito simples, muito barato e desenvolvido há imenso tempo, na
altura em que os cartões perfurados constituíam o modelo de excelência e os