fazer nem porquê. Considere este assunto ultrassecreto. E mantenha esta linha
disponível para quando eu precisar de lhe voltar a ligar.
Em Hamburgo, Griezman soltou um suspiro e olhou para a escuridão do
início da noite lá fora. A seguir, lançou-se ao trabalho. Não era extenuante. Era
simplesmente uma sequência de telefonemas. Um número levava a outro. Como
um caminho neural. Uma organização em ação. Um motivo de orgulho. A
validação de uma teoria. O mais granular que ele quisesse. Griezman poderia ir
retrocedendo até chegar ao desafortunado agente que atendeu a chamada inicial.
Se quisesse. E quis. Com perguntas felizmente simples. Nomes e moradas de
uma pessoa e de um sítio.
Na Virgínia, Landry, o homem de Waterman, disse:
— Mais importante do que sonhariam sequer não me soa lá muito bem. Nem
soa a que vão matar alguém. Soa a uma coisa muito pior do que isso.
Reacher retorquiu:
— Isto é um diz que disse. Não podemos avaliar o tom.
— Mas?
— Ouvi as palavras e o panorama mudou radicalmente. Como se fosse uma
grande evolução. Como se fosse uma coisa tão inesperada que até parecia
acidental. Como se tivessem deixado cair uma moeda de cinco cêntimos e
tivessem encontrado outra de vinte e cinco. De tal forma que rapazes de vinte e
tal anos, que calçam sapatos italianos e vão a discotecas, andam todos
entusiasmados. A mim, parece-me uma coisa erótica. E os computadores são
assim tão importantes?
Landry respondeu:
— Achamos que são. E não há dúvida de que o serão no futuro. Mesmo
atualmente, os danos seriam catastróficos. Morreria uma data de gente. Mas,
concordo, não é erótico.