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cartilagíneos são frequentemente confundidos
com as suas primas mais célebres, as mantas.
Embora semelhantes fisicamente, seguiram outro
percurso evolutivo, dando origem ao género Mo-
bula, composto por nove espécies.
São viajantes incansáveis. A água atravessa as
suas cinco fendas branquiais, permitindo-lhes
respirar. Assim como a baleia-azul ou o tubarão-
-baleia, estes peixes pelágicos filtradores reali-
zam diversas maratonas oceânicas, numa busca
constante por alimento. Habitantes gregários
das águas temperadas e tropicais, satisfazem o
seu apetite com zooplâncton e pequenos peixes.
Como os nossos antepassados, também as móbu-
las são donas de uma alma nómada, tanto vivendo
em mar aberto como em águas costeiras. Chegam
a migrar durante quatro mil quilómetros.
Dependendo da espécie, os seus corpos mus-
culados podem variar entre um e cinco metros de
envergadura. Todos os membros deste género são
atletas natos. A Mobula tarapacana, por exemplo,
consegue mergulhar à velocidade de seis metros
por segundo desde a superfície à zona batipelági-
ca, atingindo a incrível profundidade de dois mil
metros, onde permanece até noventa minutos,
possivelmente para se alimentar. Se tentasse tal
proeza, a maioria dos peixes não resistiria à pressão
esmagadora e às temperaturas gélidas. A Mobula
munkiana, por outro lado, prefere bater recordes
de salto em altura, ultrapassando frequentemente
a fasquia de dois metros. Vários especialistas acre-
ditam que este comportamentodesempenhaum
papel importante na corte,limpezadeparasitas
e comunicação. (Continua na pg. 64)