22 VIAJEMAIS
FOTOS
: SHUTTERSTOCK
U
ma jornada tipicamente alen-
tejana começa por Évora, a ca-
pital da maior província de Portu-
gal. Tombada como Patrimônio da
Humanidade pela Unesco em 1986,
essa cidade medieval é a porta de
entrada do Alentejo. Densas mu-
ralhas resguardam as ruas de pedra
do centro histórico e as pitorescas
casinhas brancas de rodapés amare-
ORV(QWUHXPDIRWRJUDÀDHRXWUDp
possível encontrar carros em apuros
ao tentar atravessar as vielas estrei-
tíssimas. Mas a boa mesmo é deixar
os veículos de lado e sentir os para-
lelepípedos irregulares sob os pés.
Évora é perfeita para ser degustada
caminhando, deixando-se ser sur-
preendido pela beleza das antigas
arquiteturas. A começar pelo Templo
de Diana, uma estrutura de colunas
coríntias erguida pelos romanos no
século 1o d.C. Algumas igrejas tam-
bém são bastante imponentes, como
a Catedral da Sé, erguida no século
- Nessa mesma época foi erguido
R3DOiFLR&DGDYDODQWLJDUHVLGrQFLD
dos reis. Évora já foi sede da corte
portuguesa. Aberta ao público, a co-
leção permanente do palácio inclui
esculturas, pinturas e armarias do
século 15 ao 18.
A atração mais famosa de Évora,
ainda que modesta, é a Capela dos
Ossos. Localizada na Igreja de São
Francisco, suas paredes e oito pilares
são ornados com ossos humanos.
“Nós ossos que aqui estamos pe-
ORVYRVVRVHVSHUDPRVμGL]DIUDVH
que saúda os visitantes à entrada. A
fascinação vem exatamente da efe-
meridade. As reações ali são diver-
sas. “Isso é para mostrar que somos
WRGRVLJXDLVμGL]GXDVDPLJDVTXH
A bela capital alentejana
ÉVORA
O Templo de Diana,
ruínas romanas do
século 1o d.C. em pleno
centro histórico de Évora
Detalhe das paredes
da Capela dos Ossos,
decorada com milhares
de ossos humanos