- Ah, é? – disse Kamilla.
- Pelo visto, sumiu o iPhone de um dos pais.
Torben olhou para Helena, que assentiu com a cabeça. Eva se surpreendeu com o
jeito desprezível com que Torben se expressou. Por que não dizia de uma vez por
todas de quem se tratava? - Será que foi alguma das crianças? – perguntou Kasper. Ele tinha estado ali o
tempo todo? – Talvez achem que o celular é brinquedo. - Estava na minha bolsa – disse Helena, com voz mais grave do que Eva esperava.
Eva também se deu conta de que era a primeira vez que ouvia a dama de companhia
falar. - E onde estava a bolsa? – quis saber Kamilla.
Torben não respondeu. Estava evidente para Eva que Torben olhava apenas para
ela. As coisas só ficariam piores se ela baixasse os olhos. Seria uma atitude ainda
mais suspeita, se é que tal coisa era possível. Eva sentia o celular no bolso. Tinha a
sensação de que todo mundo conseguia vê-lo, como se fosse uma excrescência que,
de repente, tivesse crescido em seu corpo. Nisso, uma espécie de obstinação
despertou dentro de Eva. Ela não ia deixar aquele maldito filho da puta julgá-la sem
provas. - Onde estava a sua bolsa quando o celular sumiu?
Pelo visto, Kamilla tinha desistido de receber resposta de Torben e se dirigia
diretamente a Helena. - No escritório de Torben.
- E quanto tempo você ficou fora? – perguntou Kamilla, tornando a olhar para o
diretor. - No máximo dez minutos – disse Torben. – Durante esse tempo, alguém deve
ter entrado e pegado.
Eva o encarou. Manteve-se fria como uma pedra de gelo, absolutamente
convencida de que aquilo não tinha nada a ver com ela, de que Torben estava
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1