Roskilde, Grande Copenhague – 7h
Clique. O trinco da grade se abriu, e Eva entrou no parquinho. O trinco ficava no
alto, para que as crianças não o alcançassem.
- Oi! Ei, você!
Eva se voltou. A voz, que vinha da outra calçada, era de uma moça. Será que se
dirigia a Eva? - É, você! Vai entrar na creche? – perguntou a moça.
- Vou, sim – respondeu Eva.
A jovem tinha uns vinte e cinco anos e um belo rosto, ainda que contrariado ou
aborrecido naquele instante, pelo que Eva pôde ver. - Você poderia dar um recado meu quando entrar? É para a Anna.
- Hoje é o meu primeiro dia – respondeu Eva.
- OK.
- Vou trabalhar na cozinha.
- Ah, sim. Você é a Inge, não?
- Eva.
- É, isso mesmo. Falaram de você na reunião de pessoal. Eu sou a Kamilla. Sou
professora da Sala Vermelha. - Oi.
- Você poderia dizer à Anna que só vou entrar quando tiverem prendido direito
o cachorro no gancho da parede? Ou quando o tiverem levado para longe da