38 — exércitos do mundo
Dento do país, o poder da Guarda é
imenso: ela é responsável pela repres-
são de dissidentes e dos costmes “oci-
dentais”. Para isso conta com, além das
forças regulares já citadas, a Basij, uma
organização de voluntários religiosos,
posta para funcionar conta os manifes-
tantes em 2009 e 2017-2018. E também
a Força Quds, com espiões e comandos
que operam também internacionalmen-
te, teinando militantes no exterior – co-
mo o Hezbollah. Por esse motvo, EUA,
Arábia Saudita e Bahrein consideram a
Guarda Revolucionária uma organização
terrorista – classificação que não aplicam
ao Exército iraniano.
Falando em Hezbollah, é pratcamen-
te outa parte das forças iranianas. O
“Partdo de Deus” (significado do nome)
do Líbano foi criado, teinado e armado
pela Guarda Revolucionária do Irã. É,
segundo vários analistas, inclusive o
High Level Military Group (“Grupo Mi-
litar de Alto Nível”), formado por es-
tategistas da Otan, o “ator não estatal
mais poderoso do mundo”. Com uma
força estmada de 25 mil soldados e até
150 mil mísseis, tanques e dezenas de
drones, é muito mais forte que o próprio
Exército do Líbano, e uma ameaça bem
próxima a Israel. Também um partdo
legalizado em seu país, com 13 assentos
no Parlamento (de 128), com ramos em
outos países. No atal conflito da Síria,
o Partdo tem lutado junto com a Guar-
da Revolucionária, forças sírias e russas
conta dissidentes e o Estado Islâmico.
ex-amigo
O Irã tem uma velha história com seus
maiores inimigos, os EUA. Antes da Re-
volução Islâmica de 1979, que deu ori-
gem ao regime atal, havia a monarquia
do xá Reza Pahlavi. Até então, o Irã era
um aliado decisivo do Ocidente. Assim,
quando a República Islâmica começou,
tnha em mãos um arsenal do Ocidente,
seu novo inimigo. E recusou a se aliar à
União Soviétca, com o primeiro Supre-
mo Líder, Aiatolá Khomeini, declarando
o comunismo incompatível com o islã.
Isolado, o país teve que desenvolver suas
próprias armas. A herança dos tempos
ocidentalizados é bem visível nos clones
de fuzis alemães e americanos vistos nas
mãos dos soldados, os helicópteros AH-
1 Supercobra antgos e na versão local,
o Toufan. Também os jatos F-14, que
foram vendidos ao xá antes de sequer
começarem a ser operados pelos EUA.
O Irã basicamente copia os americanos,
justamente porque são seus inimigos
mais prováveis. Em 2012, o país se decla-
rou autossuficiente em matéria de armas.
um tAnQue
do mundo, FEITo no IRÃ.
—
o nome é o da espada de
duas pontas do profeta
Ali – figura central na
fé xiita, o sucessor de
maomé que, ao ser assas-
sinado, em 661, levou à
divisão do Islã em xiitas
e sunitas. Sua tecnologia
é uma amálgama dos
tanques soviéticos T-72,
exportados após o fim
do regime, e dos ame-
ricanos m-48 e m-60,
heranças dos tempos do
xá. Em 2016, os iranianos
anunciaram um sistema
de defesa ativa, capaz
de detectar projéteis
em 360 graus por radar
computadorizado e
inutilizá-los com seus
próprios projéteis. Se de
fato funciona, o tanque
iraniano é realmente
avançado.
Fotos: Divulgação
Zulfiqar 3
Tanque principal
de batalha
peso
52 t
Comprimento: 9,2 m
altura: 2,5 m
largura: 3,6 m
tripulação: 3
VeloCidade
máxima: 70 km/h
armamento: canhão
125 mm, 2 metralhadoras
Exércitos do mundo IRÃ
0
0