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654.000
efetivos
paquistão
PoPulação: 207,86 milhões
oRçaMENTo MiliTaR:
US$ 10,8 bilhões
1.342
aeronaves
2.200
ta n q u e s
197
navi o s
0
porta-
aviões
348
Caças
5
submarinos
438
bombardeiros
/ataq u e a s o lo
160
armas
nucleares
at i vas
A
a primeira coisa a se dizer
sobre as Forças Armadas do
Paquistão é que sua histó-
ria tem mais vitórias conta
representantes eleitos do
que contra sua arquirrival,
a Índia. Foram quato Guer-
ras Indo-Pasquistanesas,
em 1947, 1965, 1971 e 1999,
mais um conflito beirando à
guerra neste instante (leia o
texto na página ao lado). No
máximo, empataram. Na de
1971, os paquistaneses per-
deram um enorme território,
Bangladesh, então chamado
Paquistão Oriental.
Golpes, em compensação,
foram sete, três dos quais
rendendo ditaduras militares,
ente 1958-1971, 1977-1988 e
1999-2008.
O Paquistão surgiu na in-
dependência da Índia como
um Estado para os islâmicos
indianos, por meio da acacha-
pante vitória da Liga Islâmica
para o parlamento local, deci-
dindo por se separar na Índia.
Em sua Consttição de 1956,
tornou-se o primeiro país do
mundo a se declarar uma re-
pública islâmica. Ainda que
a Constituição do Paquistão
declare que as leis não podem
discordar da lei islâmica, não
existe nada como o Supremo
Líder do Irã, um clérigo impon-
do uma visão teocrátca. O país
acaba passando por ondas de
islamização e secularização e
foi o primeiro islâmico a ter
uma líder mulher, com a as-
censão de Benazir Buttho ao
cargo de primeira-minista em
1988 (Benazir governaria mais
uma vez e seria assassinada em
2007). O Paquistão também ad-
mite mulheres nas Forças Ar-
madas desde 1947 – antes que
a maioria dos países ocidentais.
A maior força militar do
mundo islâmico tem, além do
Exército, Marinha e Aeronáu-
tca, um destacamento grande
de fuzileiros navais. Também
há 420 mil paramilitares, em
grupos como a Força Antnar-
cótcos, Guarda Nacional e os
rangers, que atam na frontei-
ra com a Índia.
E, é claro, tem armas nu-
cleares. Em 28 maio de 1998,
15 dias após a Índia fazer um
teste com cinco ogivas nucle-
ares, o Paquistão revelou seu
potencial de forma dramát-
ca, explodindo também cinco.
O alcance de seus mísseis é
modesto: 2.750 km. Mas não
é muito problema quando seu
principal inimigo está logo ali
na fronteira.
Fora as rusgas com a Índia,
o grande problema militar do
Paquistão atende por Linha
Durand – a fronteira com o
Afeganistão. É basicamente
uma terra de ninguém, onde
nenhum dos dois governos
consegue manter o controle
conta grupos insurgentes. Em
maio passado, o Estado Islâmi-
co declarou ter o contole de
um território no Paquistão, no
Baluquistão, a província mais
pobre e caótica de todas. Lá
também ocorrem incidentes
como em 26 de novembro de
2011, quando uma pequena
esquadrilha de helicópteros e
aviões da Otan atacou um pos-
to do Exército paquistanês, ma-
tando 28 pessoas. O ataque foi
a pedido de militares afegãos,
que sofreram tros da base, e
concluíram que seriam insur-
gentes que tomaram a posição
abandonada. Nem é preciso di-
zer, isso criou sérias tensões.
Hoje, o mais firme aliado
do Paquistão é a China, for-
mando um bloco contra a
Índia. Quanto ao Ocidente,
a sitação já está há anos na
fase “é complicado”.
Na década passada, o país
era frequentemente acusado
de dar apoio a terroristas is-
lâmicos na Cachemira indiana
e no Afeganistão – no período
democrátco, desde 2008, as
acusações diminuíram, mas,
em 2018, Trump azedou a re-
lação muito mais ao acusar o
país de “não fazer nada” conta
terroristas e cancelar o envio
de US$ 300 mi em apoio. Tam-
bém não agrada nada ao eleitor
paquistanês a aparente aproxi-
mação de Trump com a Índia.
E nisso temos desde feve-
reiro um imbróglio não re-
solvido ente duas potências
nucleares.
aliados
China, Arábia Saudita,
Turquia, Rússia, Otan
advERsáRios
Índia, Afeganistão,
grupos islâmicos
Exércitos do mundo índia e paquistão
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