Dossiê Superinteressante - Edição 406-A (2019-08)

(Antfer) #1
Foto: Divulgação

África


do Sul


OrçamentO: US$ 4,6 bi
efetivOs: 66.300
aerOnaves: 206
naviOs: 30
POrta-aviões: 0
tanques: 195
armas nucleares: 0
aliadOs: neutro

Herança dos
maus tempos
Como um país que costumava
ser pária no mundo, durante
o regime racista do Apartheid
(1948-1984), se arma? Por conta
própria – e umas ajudinhas por
baixo dos panos. A maioria
do equipamento da África do
Sul, como todos os blindados
do Exército, é criação local
ou profunda modificação em
heranças de antes do Apartheid,
tempo da dominação britânica.
Pegue o tanque Olifant, um
Centurion britânico da Segunda
Guerra transformado em tanque
principal de batalha, ou o fuzil
padrão Vektor R-4, derivado de
um modelo israelense. Algumas
coisas, porém, são novas: nos
céus, o país conta com caças
Gripen, os mesmos que devem
chegar ao Brasil (pág. 64). Na
era do Apartheid, a África do Sul
chegou a ter armas nucleares –
numa colaboração ultrassecreta
com Israel. Em 1989, foram
desmontadas, e o país se tornou
o único a desistir de um arsenal
próprio. Não porque os militares
do Apartheid fossem bonzinhos,
mas porque temiam que elas
caíssem nas mãos dos negros
que estavam prestes a assumir
o controle. Quando de fato
assumiram, com a chegada de
Nelson Mandela ao poder em
1994, foram feitas profundas
reformas, que incluem a entrada
no Exército de guerrilheiros
anti-Apartheid. Hoje está
presente em praticamente
todas as intervenções da ONU
no continente.

Exércitos do mundo outras potências


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