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Sukhoi Su-30
Caça multifunção
Velocidade máx.: mach 2
2.120 km/h
comprimento: 21,93 m
enVergadura: 14,7 m
altura: 6,36 m
peSo Vazio: 17.700 kg
peSo máximo:
34.500 kg
armamento: canhão
GSh-30-1 30 mm,
mísseis, bombas
SHOW AÉREO
CAÇA RUSSO É
SURPREENDENTEMENTE ÁGIL.
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É um sucesso garantido em espe-
táculos aéreos. O caça pós-sovi-
ético, criado a partir das lições da
malfadada Guerra Afegã-Soviética
(1979-1989), é supermanobrável.
Quer dizer que pode fazer muita
coisa impossível aos outros e con-
tinuar no ar. Para que serve isso?
É parte da doutrina militar sovié-
tica-russa, de criar caças capazes
de atuar em baixa velocidade e alta
proximidade, o que facilita tanto
ataques a solo quanto travar em
um caça inimigo para disparar seus
mísseis, enquanto torna difícil a
eles atingir o mesmo resultado. Em
contraste, os americanos favore-
cem a velocidade. O Su-30 é muito
superior a qualquer caça brasileiro
- ao menos até a chegada dos Gri-
pen suecos, que seguem a filosofia
americana.
um exército ser “bolivariano”? Em bas-
tante coisa, provavelmente: desde 2002,
quando um primeiro golpe militar-civil
fracassou em derrubar Hugo Chávez, um
expurgo constante das Forças Armadas
começou e contnua em progresso. Crer
ou parecer crer na ideologia do regime é a
diferença ente exoneração ou promoção.
Em outas palavras, militares são promo-
vidos por fidelidade, não desempenho.
A mudança também foi de estatégia.
As Forças Armadas venezuelanas, como
as brasileiras e de quase todo o contnente,
eram preparadas para a guerra convencio-
nal e containsurgência. Isto é, de estar
numa posição de vantagem ou igualdade.
Mas com o realinhamento diplomátco, a
doutina mudou para o que Chavez bat-
zou de “guerra popular de resistência”. A
partr de 2005, o Exército Venezuelano
passou a teinar manobras de guerrilha.
As Forças Bolivarianas têm um espaço
privilegiado no regime, mas não são à
prova de crise. Segundo o SIPRI (Ins-
ttto Internacional para Pesquisas da
Paz de Estocolmo, na sigla em original),
os gastos militares da Venezuela caíram
70% ente 2013 e 2018. Quase todos os
equipamentos russos listados ao longo da
matéria foram adquiridos antes disso, nos
tempos de Hugo. Enquanto os oficiais
têm alguns privilégios, como importar
comida a uma taxa de câmbio generosa
(para depois vender no mercado negro,
acusa o oposição), a baixa patente tem
que lidar com as mesmas agruras que o
venezuelano comum.
E isso tem causado o que pode se re-
velar um sério problema: desertores das
Forças Bolivarianas atavessam a fronteira
com a arquirrival Colômbia, prometendo
voltar para “liberar” a Venezuela. Só ente
janeiro e abril, de acordo com autoridades
de imigração colombianas, foram 1.400
deles. Vários acabaram arranjando em-
prego em grupos radicais colombianos, os
paramilitares de ultadireita, mas também,
ironicamente, guerrilheiros marxistas-le-
ninistas, como o Exército de Liberação
Nacional e dissidências das FARC que não
aceitaram o cessar-fogo de 2016 (vide pág.
53). É um tonel de pólvora cada dia mais
perto de explodir.
Fotos: Divulgação
Exércitos do mundo venezuela
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