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o manifesto:
- Nós comemos
- Nós bebemos
- Nós cozinhamos
- Nós viajamos (para comer)
- Nós conversamos (também sobre comida)
- Nós acreditamos que comer é uma das grandes
maravilhas da vida – e viva a boa mesa!
= EDITORIAL =É EMPOLGANTE VER COMO O NOSSO CENÁRIO de gastronomia anda
tão movimentado e em franco crescimento. Todas as semanas surgem novos
restaurantes, o já estabelecidos lançam novidades, tantos produtos bons, ora
importados, ora nacionais chegam ao mercado.
Nesse aspecto, especialmente, começamos a entrar numa fase muito
especial: a do desenvolvimento de itens artesanais, de iniciativa familiar,
a partir do estudo de mercado e de um investimento que permite um
crescimento programado – possibilitanto até a venda em escala, uma vez
que há demanda para isso.
Nos mercados mais maduros, é importante frisar, é comum encontrarmos
produtos artesanais de enorme qualidade, comercializados num volume
considerável. O que é ótimo, porque nos permite encontrá-los com mais
facilidade. E porque eles criam uma categoria de food service de qualidade.
Quando há compromentimento, não é porque aumenta-se a qualidade
que se abre mão da qualidade. Aquele produtinho feito para um nicho muito
específico, sim, é incrível, ganha status de fetiche gastronômico. Mas num
momento, como tudo, ele cresce vai buscar mais bocas – e assim deve ser.
Como estamos amadurecendo nos campos, nas cozinhas e nas mesas,
é comum ver gente torcendo o nariz porque aquele queijo que-só-ele-
conhecia foi parar no supermercado. Olha, às vezes, ainda mais especial,
porque ele passa a ser feito com novos recursos que só valorizam
o que ele tem de melhor.
Robert Halfoun e Christian Burgos