Educação - Edição 260 (2019-08)

(Antfer) #1

EDUCAÇÃO BÁSICA


de uma escola limpa, segura, com instalações apro-
priadas e educação de qualidade e acessível. Isso é o
que mais nos estimula”, enumera Luciandro Sodré,
diretor da Luminova Barra Funda, um dos mais entu-
siasmados do time que toca o projeto.
A diretora-executiva do SEB, Thamila Zaher, e o di-
retor do projeto Luminova, o educador Luiz Maga-
lhães, chamam atenção para um detalhe, projetado
sobre a realidade histórica de divisão do ensino bási-
co entre a inconstância das escolas públicas e os cus-
tos de se educar em instituições privadas. “Se consi-
derarmos as ligações médias entre preço e qualidade
feitas historicamente, e projetarmos isso sobre a rela-
ção entre preço e qualidade de ensino oferecida pela
;è«ÃÊóʃ㍁—ó«“—Ãã—×è—Ê—؍“ÊÕ¼—Á—Ãã—
nos permitiria taxas maiores”, compara ela. “Mas nos-
sa meta com esse projeto não é pensar no faturamen-
to a qualquer custo. O grupo teria outro caminho fos-
se esse o caso. É uma iniciativa bonita, com dimensão
social”, acrescenta ela.
“Há muito tempo, o SEB buscava criar um ambien-
te educacional confiável para a evolução dos filhos
desses pais batalhadores, numa contribuição social”,
completa Magalhães. Os estudantes vindos de redes
e escolas públicas representam 60% do total de três
mil matriculados nas quatro unidades da Luminova.
Os outros 40% são formados pelos ‘filhos’ do down-
grade da crise.
A unidade Barra Funda da Luminova reúne vá-
rios exemplos dessas realidades. “Uma aluna veio me
agradecer profundamente, às lágrimas, no início do
ano. Disse que nunca tinha estudado com um livro
na escola pública que frequentava desde pequena”,
relata a carioca Maria da Conceição Vieira, profes-
sora de Matemática do 3º ano fundamental. “Histó-
rias assim reforçam meu prazer de estar ligada a um
projeto como esse. Além da relevância social, ele in-
centiva concretamente o mercado de trabalho para
nós, professores, e o restante dos profissionais de
educação”, acrescenta ela. Outra ex-aluna de escola
pública, Bianca Moraes, dez anos, não esconde a em-
polgação com as aulas de inglês e educação física no
sexto ano fundamental. “Na escola que eu frequentei
até 2018, só aprendi em inglês os números até dez.
Mas a partir desse ano, com aula todo dia até o final
do período fundamental, e depois também no médio,
prometo que irei recuperar.”

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Fotos: Divulgação Escola Mais
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