á aproximadamente 10 anos, a Arizo-
na State University (ASU) era apon-
tada como uma das melhores univer-
sidades americanas para os alunos
interessados em festas e curtição. Mas
hoje a instituição não aparece mais nesses rankings.
A ASU mudou totalmente seu foco e há quatro
anos figura como a instituição mais inovadora dos
Estados Unidos. Quem deseja saber como será o
futuro do ensino superior bate à sua porta, e não
em Harvard.
Localizada no Arizona, uma região desértica que
faz fronteira com o México, essa universidade pú-
blica é dirigida desde 2002 por Michael Crow, con-
siderado um líder carismático e visionário no meio
acadêmico. Antes de assumir a ASU, ele foi vice-rei-
tor da Universidade Columbia, onde fez importan-
tes conquistas, principalmente na área de pesquisa.
Por muitos anos, a instituição ficou entre as que mais
receberam recursos oriundos de patentes e licenças.
No comando da ASU, Crow promoveu – e
vem promovendo – uma grande reorganização
nas estruturas acadêmicas e administrativas. Para
se aprofundar em algumas de suas exitosas práti-
cas, 21 gestores de diferentes instituições de ensinoH
superior foram diretamente ao campus de Tempe
para participar do curso Higher Education Design
and Leadership for Presidents and Executive Level
Leaders, promovido pelo Consórcio Sthem Brasil
e pela Universidade Corporativa Semesp. Foi o
primeiro programa realizado internacionalmente
pela UC Semesp, que já formou milhares de ges-
tores educacionais desde que foi criada, em 2014.
De acordo com Fábio Reis, criador do Con-
sórcio Sthem Brasil e diretor de Inovação e Redes
de Cooperação do Semesp, o programa foi im-
portante porque explicou como a ASU conseguiu
transformar projetos inovadores em realidade.
“Antes de colocar em prática qualquer ideia, eles
procuram desenhá-la e, principalmente, alinhá-la
com a concepção da instituição. Foi muito bom
esclarecer esse ponto aos nossos líderes, que, por
uma série de circunstâncias, acabam se tornando
‘fazedores’ de coisas. Mas na ASU nada é imple-
mentado sem estratégia, sem previsão de resulta-
dos. É preciso saber aonde se quer chegar”, explica.
Para estabelecer a forte cultura de inovação
que se tornou uma de suas marcas, a universidade
implantou a ‘cultura do sim’. Todas as ideias são
bem-vindas e as pessoas ainda têm suporte paraInovações acadêmicas
Foco e
liderançaMais de 20 gestores brasileiros visitam a
Arizona State University para conhecer seu
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a instituição que também vem indicando
como será o futuro do ensino superiorCinthia Spricigo12 Ensino Superior