E
m meados de 1939, a guerra na Europa esta-
va prestes a explodir e Stalin não via com bons
olhos a participação, ao menos imediata, da
União Soviética no conflito. Uma das razões
mais explícitas e apontadas pelos especialistas para sua
postura é que, para se consolidar no poder, ele pratica-
mente teria acabado com todos os grandes homens do
Exército Vermelho, o que, diante de uma guerra, o colo-
caria em desvantagem por não ter comandantes experien-
tes em ação. Assim, era preciso adiar o máximo possível a
chegada da guerra na frente russa para conseguir se pre-
parar para o inevitável. Sim, inevitável. A participação da
URSS na 2a Guerra Mundial aconteceria, cedo ou tarde,
pois a localização geográfica e os ideais russos não poupa-
riam a nação de lutar contra ou a favor de Adolf Hitler. A
favor, caso seus líderes chegassem a um acordo referente
a territórios de dominação; contra, se o líder nazista pu-
sesse em prática o pensamento ariano de superioridade
racial, que colocava os eslavos e os russos como raças in-
feriores e passíveis de escravidão e eliminação física.
Além do interesse de não guerrear sem militares ex-
perientes, havia outro motivo para Stalin procurar Hi-
tler: um ano antes, França e Inglaterra, pelo Acordo de
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Às vésperas de explodir a 2a Guerra
Mundial, receoso de entrar no conflito,
Stalin fechou um pacto de não-agressão
com Hitler. Mas, com o decorrer da
Guerra e a ocupação de quase toda a
Europa, o líder nazista decidiu romper o
acordo e atacar a União Soviética. Stalin
sabia que essa hora chegaria e preparou
o país para uma verdadeira batalha pela
sobrevivência. O final dessa história é
conhecido: a Alemanha perdeu a Guerra e
a URSS saiu dela como potência mundial
Por Lucas
Pires
Divulgação/ Discovery Networks