Mania de Matematica 2 - Novos Enigmas e Desafios Matemáticos

(fjmsfe) #1

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Ressuscitando o baralho


Embaralhe as cartas, embaralhe as cartas, embaralhe as cartas, embaralhe as
cartas, embaralhe as cartas, embaralhe as cartas, embaralhe as cartas, embaralhe
as cartas, embaralhe as cartas, embaralhe as cartas... Opa, voltamos ao ponto de
partida.
É o pesadelo do jogador de pôquer tornado realidade.
A teoria dos números explica por que isso acontece.

Na maior parte dos jogos de cartas, a primeira coisa que fazemos é embaralhar as cartas. O


objetivo de embaralhá-las, naturalmente, é tornar aleatória a ordem em que aparecem...
Porém, de acordo com o método utilizado, poderemos atingir o objetivo oposto. Se as cartas
forem embaralhadas de maneira perfeita demais, os resultados talvez não sejam nem um pouco
aleatórios. Os ilusionistas exploram esse efeito em alguns de seus truques; os jogadores talvez
queiram evitá-lo.


Como exemplo, vamos analisar um método comum de embaralhamento — na verdade, duas
variantes bastante relacionadas — e descobrir o que podemos fazer com eles.
Especificamente, vamos analisar o método no qual o baralho é dividido em duas partes iguais
que são então entrelaçadas alternadamente. Os ilusionistas norte-americanos chamam esse
método de Faro, e os ingleses de weave (“entrelaçar”). Como as duas partes nas quais
dividimos o baralho têm o mesmo tamanho, o número de cartas do baralho precisa ser par.
(Podemos considerar um método análogo com um número ímpar de cartas, no qual uma das
partes tem uma carta a mais que a outra; porém, para simplificar, vou ignorar essa
possibilidade.)

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