Melhor - Gestão de Pessoas - Edição 380 (2019-08)

(Antfer) #1
Exemplos da cultura das startups, os squads vão conquistando
outras empresas e mudando o mindset das pessoas

SQUADS

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cultura de times organizados em squads vem
ganhando cada vez mais espaço e adeptos no
mundo corporativo brasileiro. Empresas que
utilizam essa metodologia ágil se dividem por
grupos interdisciplinares, com objetivos em comum e
não por áreas do conhecimento. De acordo com es-
pecialistas, ao trabalhar com squads, a diversidade de
mindset ganha espaço e, no fim, o resultado da entrega
para o cliente é muito melhor. Em especial no caso de
empresas que atuam diretamente com tecnologia. Aliás,
são elas alguns dos principais cases dessa dinâmica de
trabalho. Um exemplo é a Pi Investimentos, uma plata-
forma aberta de investimentos, 100% digital, que ofere-
ce ao mercado carteiras temáticas de investimento geri-
das pelos principais gestores de fortuna do país.
Lançada em março deste ano tendo o banco Santan-
der como investidor, a Pi atua com nove squads, todos
focados em uma constante evolução da plataforma.
“Somos uma fintech que pensa a empresa do ponto de
vista do usuário e, como toda startup deve ser, nasce-
mos com um formato para ter agilidade. Nossa equipe
é formada, hoje, por 75 pessoas, 100% full stacks [N.R.:
profissionais com amplo domínio no front-end, muito
fluente em HTML, CSS e frameworks Javascript para
criação de Single Page Applications]. Criamos uma
corretora digital totalmente baseada em feedbacks e
estamos sempre evoluindo”, afirma Ellen Kamimura,
head de marketing e customer happiness da Pi. Ela dá
alguns exemplos de squads da fintech:
t)2+%.%1)283 time dedicado para a con-
versa com o usuário em todo o seu ciclo de aplicação
e investimento.
t'97831)6,%44-2)77 equipe voltada para


o encantamento do cliente, para resolver dúvidas,
acompanhar feedbacks, reviews e dicas para retroali-
mentar as demais squads.
t%59-7-ʆʂ3 time com uma visão única de
onboarding, que cuida desde o topo do funil até a con-
versão de cadastro e abertura de conta.
Ainda de acordo com Ellen, as ferramentas e a tec-
nologia existem para facilitar a jornada, mas o diferen-
cial são as pessoas, que precisam ter um mindset de
colaboração e empreendedorismo muito forte. “Validar
produtos de forma rápida, não se apaixonar por ideias,
trabalhar com dados e saber lidar com o feedback dos
usuários são algumas das características que buscamos
nos talentos para os squads da Pi”, diz ela.
Quem também aposta em squads, para manter um ca-
minho de inovação não só em seus serviços como tam-
bém na sua parte organizacional, é o Grupo XP. Tanto
que, recentemente, ele inaugurou um andar dedicado
aos squads em sua sede, na capital paulista. A decisão de
estabelecer um espaço a esses grupos multidisciplinares,
que unem profissionais com diferentes habilidades e que
trabalham com objetivos específicos, de acordo com a
organização, é reforçar esse compromisso do grupo em
busca de soluções originais, inovadoras e ágeis para seus
clientes e colaboradores. O andar possui ainda o Lab,
um ambiente destinado a todos os funcionários, que visa
promover a integração dos times e o constante estimulo à
criatividade e troca entre as equipes.
Os primeiros squads da empresa foram formados
no final de 2017, para iniciar a metodologia de desen-
volvimento ágil que o grupo estava implementando.
Hoje, já são quase 50 times com mais de 430 colabo-
radores atuando nesse formato. Os pequenos grupos

A

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