medicamentos como bloqueadores dos canais de cálcio (BCC), digitálicos,
betabloqueadores, amiodarona, sotalol, clonidina e ivabradina, apneia obstrutiva do
sono e indivíduos vagotônicos.
Se o paciente for assintomático, o tratamento não é necessário. Se ele apresentar
sintomas decorrentes de baixa frequência, o tratamento consiste na suplementação de
oxigênio (para hipoxemia), na administração de atropina IV e em identificação e
tratamento da causa.
DOENÇA DO NÓ SINUSAL
Conjunto de anormalidades da função do nó sinusal, da junção sinoatrial ou da
musculatura atrial. Mais comum em indivíduos idosos, tem sua fisiopatologia
relacionada com fatores extrínsecos (farmacológicos, metabólicos ou autônomos) e
intrínsecos (fibrose degenerativa, disfunção de canais iônicos e remodelamento do nó
sinoatrial). Pode causar sintomas como fadiga, dispneia, palpitações, lipotimia e
síncope.
O espectro de ritmos da doença do nó sinusal abrange: bradicardia sinusal, pausas
sinusais, bloqueios sinoatriais, síndrome bradi-taqui e arritmias sinusais.
O tratamento inclui correção de fatores extrínsecos (se identificados) e implante de
marca-passo.
PAUSA SINUSAL
Cessação de formação do impulso elétrico pelo nó sinusal (ausência de onda P, Figura
9.3). Considerada patológica quando acima de 2 s, porém no geral só acarreta
sintomas quando maior que 3 s.
Causas: doença do nó sinusal, infarto do miocárdio, intoxicação por digitálicos,
acidente vascular cerebral, tônus vagal excessivo (p. ex., em atletas), apneia do sono.
BLOQUEIO SINOATRIAL
Geralmente decorre de alterações eletrofisiológicas no tecido ao redor do nó sinusal.
No eletrocardiograma (ECG) de superfície, somente os bloqueios sinoatriais de 2o grau
são identificáveis (Figura 9.4). Tipo I: progressivo decréscimo dos intervalos PP antes
do bloqueio sinoatrial (ausência de onda P). Tipo II: ciclo PP ao redor do bloqueio é
múltiplo do intervalo PP normal. Devem ser diferenciados de pausas sinusais.