Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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Principais erros no tratamento da IC descompensada:


Não valorizar a morbimortalidade da insuficiência cardíaca congestiva
Não fazer restrição hídrica e não verificar balanço hídrico/peso
Usar diurético em doses baixas e em intervalos longos
Não associar diuréticos, não verificar “resistência” a diuréticos
Suspender os medicamentos na descompensação. É aceitável a redução de
betabloqueador, IECA e espironolactona
Não individualizar o tratamento
Valorizar os novos tratamentos “milagrosos e onerosos”
Dar alta sem compensação adequada (paciente ainda com sinais de congestão) ou
sem otimização do tratamento (subdoses)
Não esclarecer e orientar o paciente e a família
Não implementar tratamento não farmacológico
Tratar como objetivo único o alívio dos sintomas
Não associar medicamentos ou usar doses não eficazes
Não verificar a adesão ao tratamento.

CONSEQUÊNCIAS DA CONGESTÃO EM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
DESCOMPENSADA


A congestão em IC descompensada é a causadora da maioria dos sintomas
apresentados. Piora a qualidade de vida, é responsável pelas internações e
reinternações, promove ativação neuro-hormonal, agrava o remodelamento ventricular,
bem como isquemia e aumento do consumo de O 2 , além de reduzir o desempenho
ventricular e aumentar a mortalidade.


CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR


Deve receber alta hospitalar o paciente que apresentar:


Melhora da classe funcional da NYHA com o tratamento
Manutenção da classe funcional, quando estiver com medicação por via oral
otimizada
Doença de base “controlada”
Fator precipitante corrigido
Ausência dos sinais e sintomas (congestão/hipoperfusão)
Peso ideal “seco” atingido
Função renal estável e eletrólitos normais
Redução do nível de BNP em 30% (quando disponível).
Como prevenção à reinternação hospitalar, recomenda-se:
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