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cardíacas
Laboratório: hemograma, eletrólitos, função renal, gasometria arterial, marcadores de
necrose miocárdica, peptídio natriurético cerebral tipo B (BNP) e o D-dímero.
TRATAMENTO
O tratamento de EAP cardiogênico objetiva a redução da pressão hidrostática capilar
pulmonar por meio de medidas não farmacológicas e farmacológicas.
MEDIDAS GERAIS
Oxigenoterapia, acesso venoso e monitoramento (eletrocardiográfico, pressor,
respiratório e da oximetria de pulso). Deve-se colocar o paciente em decúbito elevado
(até mesmo sentado), para diminuir o retorno venoso dos membros inferiores e reduzir
a pré-carga ao coração.
SUPORTE VENTILATÓRIO
O objetivo é manter a saturação de O 2 maior que 90% com suplementação de O 2 por
cateteres ou máscaras (faciais simples, de Venturi ou com reservatório). Caso a
resposta ao tratamento não seja suficiente e mantenha a insuficiência respiratória, é
indicado iniciar ventilação com pressão positiva não invasiva (CPAP). O CPAP reduz a
pré-carga e a pós-carga, recruta unidades alveolares e diminui o trabalho respiratório,
reduzindo, dessa maneira, a necessidade de intubação orotraqueal (IOT).
A IOT deve ser ponderada e indicada em situações de fadiga respiratória,
hipoxemia refratária, acidose respiratória, rebaixamento do nível de consciência. Sua
utilização deve ser mais precoce em situações de instabilidade hemodinâmica, como
choque cardiogênico e arritmias graves.
MEDIDAS FARMACOLÓGICAS
O objetivo é reduzir o retorno venoso e otimizar o débito cardíaco (Tabela 13.1).
Diuréticos de alça (furosemida): promovem venodilatação (responsável pela melhora
inicial da sintomatologia) e diurese a posteriori. Administrar 0,5 a 1 mg/kg IV; se não
obtiver resposta diurética, administrar o dobro da dose após 30 min. Utilizar doses
mais altas em pacientes com insuficiência renal crônica
Opiáceos (morfina): provocam venodilatação, reduzem a pré-carga e controlam a
ansiedade. Administrar 1 a 3 mg a cada 5 min e monitorar pressão arterial,
frequência cardíaca, frequência respiratória e nível de consciência
Nitroglicerina: tem grande ação venodilatadora, reduzindo a pré-carga e, em doses
maiores, tem ação vasodilatadora arterial e coronariana. Indicada a pacientes com
pressão arterial sistólica (PAS) maior que 90 mmHg e com coronariopatia.
Administrar 5 a 200 μg/min em bomba de infusão contínua