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Hipertensão nos estágios
II e III associada a complicações agudas
Cardiovasculares
Edema agudo de pulmão
Dissecção aguda de aorta
Síndrome coronariana aguda
Pós-operatório de revascularização miocárdica ou cirurgia vascular
Renais
Insuficiência renal rapidamente progressiva
Hipertensão na gestação
Eclâmpsia
Síndrome “HELLP”
Hipertensão estágio III em final de gestação
AVC: acidente vascular cerebral; HELLP: hemólise, elevação das enzimas hepáticas,
baixa contagem de plaquetas.
O aumento da PAM provoca vasoconstrição cerebral reflexa com queda de PIC, ao
passo que a queda da PAM produz vasodilatação cerebral com aumento da PIC, de
modo a manter a perfusão cerebral constante mesmo com as oscilações de PAM. Em
pacientes adultos jovens, a autorregulação é fisiológica entre pressões arteriais médias
de 50 a 150 mmHg. Porém, em indivíduos hipertensos, existe um desvio para a direita
da curva de autorregulação, fazendo com que o fluxo cerebral permaneça constante
até um limite próximo à PAM de 180 mmHg.
Uma PAM que ultrapassa os limites superiores de autorregulação resulta em
desordem nesse mecanismo, com vasodilatação paradoxal e consequente aumento do
fluxo sanguíneo cerebral, podendo provocar extravasamento de fluido, edema cerebral
e encefalopatia hipertensiva.
O quadro clínico pode ser cefaleia intensa, náuseas, vômitos, agitação psicomotora,
confusão, convulsões, coma, hemiparesia, perda visual transitória, fundo de olho com
exsudatos, hemorragias e edema de papila (Figura 14.1).
Importante obter diagnóstico diferencial entre doenças como AVC isquêmico ou
hemorrágico, hemorragia subaracnóidea, vasculites cerebrais e estado pós-ictal.
Exames de investigação incluem TC de crânio, que pode mostrar compressão dos
ventrículos laterais e edema cerebral (geralmente occipital), além de ressonância
magnética, que pode delimitar edema de cerebelo ou tronco cerebral.
Como tratamento, o medicamento de escolha é o nitroprussiato de sódio
objetivando redução gradual da pressão arterial para 140 a 160 mmHg de sistólica e 90
a 110 mmHg de diastólica, em períodos de 2 a 3 h. Alguns autores recomendam