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território coronariano, infradesnível de ST em aVR e V1, onda T apiculada, com leve
aumento da amplitude; infradesnível de PR (exceto aVR com supradesnível de PR)
Estágio II: normalização dos segmentos ST e PR, além de achatamento da onda T
Estágio III: inversão de onda T difusa
Estágio IV: normalização da onda T.
Indicações à pericardiocentese com biopsia pericárdica
Indica-se pericardiocentese com biopsia pericárdia quando houver suspeita de
tuberculose, neoplasia, bacteriana ou fúngica (I B). Também é utilizada associada à
videopericardioscopia para aumento da sensibilidade diagnóstica (I B) ou para
determinar diagnóstico de derrames pericárdicos significativos e assintomáticos (IIa B).
TRATAMENTO
Anti-inflamatórios não hormonais constituem a base do tratamento, que pode ser feito
com ácido acetilsalicílico, 500 a 750 mg a cada 6 ou 8 h, por 14 dias, seguido de
redução gradual de 500 mg por semana, durante 3 semanas (I A); ou ibuprofeno, 400 a
800 mg a cada 6 ou 8 h, por 14 dias (I A). Os medicamentos devem ser associados à:
Colchicina 0,5 mg a cada 12 h ou 0,5 mg a cada 24 h para pacientes com menos de
70 kg, pelo período de 3 meses no primeiro evento e 6 meses em casos de
pericardite recorrente (evitar o uso em casos de insuficiência renal grave, disfunção
hepática, discrasia sanguínea e distúrbios da motilidade gastrintestinal). A colchicina
é efetiva como terapêutica coadjuvante, para alívio da dor e prevenção da
recorrência
Prednisona 1 mg/kg de peso por 2 a 4 semanas para pacientes refratários a AINE e a
colchicina ou com pericardite autoimune ou urêmica. Nesses casos, a biopsia epi ou
pericárdica deve comprovar ausência de infecção viral (I B)
Azatioprina para pericardite recorrente, apesar do uso de prednisona (IIa B)
Imunoglobulina para pericardite viral (IIb C).
Indicações de tratamento cirúrgico
Procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para tratamento da pericardite, como
pericardiocentese ou drenagem pericárdica aberta em pacientes com tamponamento
cardíaco (I C), pericardiotomia em pacientes com pericardite constritiva refratária ao
tratamento clínico (I C) e janela pericárdica em derrames pericárdicos recorrentes (IIa
C).
BIBLIOGRAFIA
Braunwald E. Pericardial disease. In: Kasper DL, Braunwald E, Fauci AS et al. Harrison
́s principles of internal medicine. 17. ed. Nova York: McGraw-Hill; 2008. p. 1488-95.